quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

SOS... Papai Noel




Sempre acreditei em Papai Noel! Meias coloridas, longas (...para caber mais presentes!) deixava colocadas, à noite, nas janelas envidraçadas da Fazenda da Vó Mimosa, em Santo Amor, Morro Redondo quando ainda era da Comarca de Pelotas! Essa era nossa a magia da noite anterior de Natal. Hoje, Morro Redondo é Município autônomo, progressista de etnia germânica e italiana.
Naquela época – anos 50 – acreditava viagem de Papai Noel e na força de suas renas, no trenó colorido com lampiões, fazendo muitas viagens daquela imensa fábrica de brinquedos, na terra do “Sol da Meia Noite”, do mar de fartura de bacalhau e aquela esplendorosa Aurora Boreal, lá da Lapônia.
Quando criança – sem mapas nem internet - ficava imaginando o globo terrestre flutuando no espaço! E me indagava: O que era o Círculo Polar Ártico? Era perto na Suécia, da Noruega, da Rússia ou da Finlândia? E a tal de Antártica? Como poderia fazer mais frio do que o “freezer” de nossa geladeira norte americana? Como as renas voavam, sem comer nem descansar, carregadas de presentes para todo mundo? Da onde saia tantos presentes?
Mil explicações não convenciam nossa curiosidade para perceber a tal Aurora Boreal, (...que sabemos são partículas provenientes do Sol que geram o vento solar quando carregados de elétrons dos átomos de oxigênio e nitrogênio da atmosfera ) produzem efeitos multicoloridos impressionantes!
Mas...a combinação de Lua Cheia nesta Floresta de Neve em franco derretimento com pinheiros (coníferas) alces, linces, martas, renas, águias, falcões, ursos dorminhocos e inteligentes cães Ruschies, castores nos rios congelados e uivos de lobos é uma receita anti-natalina... para se esquecer o tal (Dês)”Acordo de Copenhagen”? Porque derreteram as esperanças da população global? E o futuro das crianças de hoje? Porque o gelo desaparece nas barbas e caras de todo mundo?
O que os cristãos têm a dizer sobre a “Natureza da Terra”... lá na do fim do mundo, na “Terra da Natureza” de nossos sonhos que são transformados (...pelo aquecimento global) em pesadelo apocalíptico? Que outras estórias poderemos contar aos nossos filhos e netos? Que a casa do Papai Noel na Lapônia não existe?
Não sei o que direi a minha neta Laura, (...congelada pelas relações glaciais de seus pais separados) que nem sabe que “Vovô Noel” existe! Tampouco que promessa de vida da natureza íntegra posso fazer à filha Samantha com 13 anos? Ou que prometerei aos demais filhos adultos? (Francis, Tais, Cristian, Alexander) ... nesse mar de consumismo!
Prometi só dar um abraço e beijos nos familiares e amigos! Pois os bonitos embrulhos e enfeites de Natal geram milhões de toneladas de lixo em todos os países! Por tudo que fiz, escrevi pela Educação Ambiental – e conscientização coletiva – acredito que o mendigo Papai Noel, representa o “estado de espírito” do desgaste dos ambientalistas versus o “espírito do Estado” super-nutrido por impostos, taxas e descasos (...com nossos apelos e razões científicas!), congelando uma irracionalidade do poder versus sociedade.
Na adianta mais mandar uma cartinhazinha... dizendo que roubaram até as esperanças de futuro das crianças! ...e que, para fugir do aquecimento global, nem posso pedir uma viagem de “ida” para o Pólo Norte, pois nessa incerteza ambiental natalina, até Papai Noel colocou as barbas de molho!
Como evitar o desperdício de água, energia e extermínio de todos os recursos naturais, pensando na sustentabilidade das gerações futuras do Planeta Terra? Como explicar para Papai Noel que só queremos a Amazônia íntegra com sua riqueza de biodiversidade? ... com seus esquecidos povos da floresta e seres
Porque a população não tem incentivos políticos para não utilizar água potável (pura e tratada) em vasos sanitários? Porque – depois – tudo é lançado (...irresponsavelmente!) nos rios, lagoas e oceanos? Porque uma casa que aproveita a água da chuva (para lavar carros, jardins e pisos!) e tenha energia solar, não pode ser isentada das exorbitantes taxas (IPTU) de impostos urbanos?
Os “Papais Noéis” ambientalistas continuarão órfãos das eco políticas publicas? Como pensar em Natal Iluminado, em meio à possibilidades de colapso energético e apagões? As superpotências continuarão com “brinquedos de guerras”?... Ou, entre a geopolítica da Lapônia finlandesa, suéca e da Groelândia (...território autônomo pertencente a Dinamarca) governantes, como donos do Poder, deixarão todas as populações reféns ( do aquecimento e esquecimento globasl) com ameaças de “guerras de brinquedo”? ... pela disputa – entre si – pela residência oficial do bom velhinho?
Nesta (DEScongelada) terra de fadas, duendes, mil sagas e estórias rendem (...livros, filmes! Presentes) num puro comércio! ...esquecendo que o “espírito de Natal” está sendo catado pelo último Papai Noel que defende o “Natal do espírito” numa reciclagem da mente em defesa das energias da Natureza.
Como desejar Boas Festas, num prenúncio de desacordo de Copenhagen & vésperas de uma ecoapocalipse global?

Gilnei Fróes

Nenhum comentário:

Postar um comentário