domingo, 20 de dezembro de 2009
AUGÚRIOS
Contemplo tão
Magoado céu
Por fatal gás invadido
Arrancado dos olhos
Aflitas lágrimas
De sal
De sangue
Em cujo vácuo
Desolada nave
Andeja
Não menos magoada
Tal qual a lua
Outro barco a correr
Que se desfaz
Lentamente
Num pranto
De Luz
Contemplo tão
Magoado céu
Ferido em seu cerne
Sangrando
Deixando fruir
Sobre a terra
Pálido gás azul
Que se oxida
Ceifando vidas
Humana
Animal
Vegetal
Contemplo tão
Magoado céu
Por ferragens
Invadido
Antes fossem pipas
Colorindo sonhos
Anseios
Quimeras
De quem ainda
Esperança tem
Na sobrevivência
Do sol
Da lua
Da terra
Contemplo tão
Magoado céu
Manoel Soares Magalhães
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Tão lindo que nos deixa com os olhos marejados...Grande poeta, parabéns !
ResponderExcluirMuito bem, manoel. Outra vez, parabéns.
ResponderExcluirAbraço,
Anderson
Lindo poema!
ResponderExcluirPrabenizo a ti, Manoel, e ao dr. Gilnei pela excelente iniciativa de criar, em Pelotas, um blogue voltado para as questões ambientais!
O layout está lindo, assim como os textos!
As notícias... bem... Nem sempre muito animadoras, mas não percamos a esperança de lutar por um mundo melhor _ por nós, para nós, por nossos filhos e netos, para eles e... etc, etc.
Bj, Tê!