sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

O rascunho (salvacionista) de Copenhage




Copenhage, hoje.

Pois é, segundo rascunho divulgado hoje em Copenhage, resultado de acordo da conferência da ONU sobre mudanças climáticas, fixa como meta mínima o corte de 50% das emissões de gases causadores do efeito estufa até 2050 (sobreviveremos até lá?).

Outros parâmetros discutidos dão conta de cortes na ordem de 85 e 95% até 2050, tendo como base o ano de 1990. Bem, ai seria acreditar em Papai Noel – crença absolutamente infantil.

O tal rascunho, que até transformar-se em texto oficial pode trazer ainda muitas surpresas – negativas, claro, diz ainda que a temperatura da Terra não deve aumentar mais de 1,5 ou 2 graus, tendo como referência o período inferior à era industrial.

Os países ricos, ainda de acordo com os “rabiscos”, têm de se comprometer legalmente, isto é, serem forçados pela lei a cortarem de fato – e de direito – suas emissões nocivas à natureza.

Quanto às nações em desenvolvimento, as medidas são mais brandas, porém devem tomar medidas eficazes no sentido de limitar o aumento de gases que causam o fatídico efeito estufa.

TECNOLOGIA

Anuncia ainda o texto que os países abonados deverão fornecer tecnologia e recurso no sentido de auxiliar à luta contra a mudança climática, enfatiza o texto, destacando ainda que as nações industrializadas, até 2020, devem pelo menos cortar as emissões de veneno à atmosfera em 25%, podendo chegar a 30%.

Bem, se não era exatamente o que o mundo esperava, o rascunho – que espero seja corrigido para melhor – deixa-nos um pouco mais tranqüilos.

Com relação a quem vai pagar a despesa, as “mal traçadas” linhas apontam os "cartolas" - não do universo futibolístico -  mas os (in) dignos representantes do imperialismo pós-moderno.

Manoel Soares Magalhães



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