terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Guará: o grande lobo do cerrado

                                    

Parente dos lobos selvagens e dos cachorros domésticos, o lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) é um animal típico do Cerrado e maior canídeo da América do Sul, podendo atingir até um metro de altura e pesar 30 quilos. Além do Brasil, pode ser encontrado em regiões da Argentina, Bolívia, Paraguai, Peru e Uruguai.

Altivo, esguio e elegante, também é conhecido como lobo-de-crina, lobo-vermelho, aguará, aguaraçu e jaguaperi, todos nomes atrelados a sua bela pelagem laranja-avermelhada, que o torna um dos mais belos animais brasileiros. Na natureza, vive cerca de 15 anos. A cada gestação, que dura pouco mais de dois meses, nascem em média dois filhotes.

Apesar do porte imponente e da alcunha de “lobo”, é tímido, solitário e praticamente inofensivo, preferindo manter distância de populações humanas. Usa suas presas para se alimentar de pequenos animais, como roedores, tatus e perdizes, além de frutos variados do Cerrado, como o araticum e a lobeira (Solanum lycocarpum), alimento muito consumido pelo guará.

É avistado normalmente circulando por grandes campos nos fins de tardes e durante as noites. Nessa rotina, costuma cruzar estradas onde muitas vezes é atropelado. A ampla fragmentação dos remanescentes de Cerrado faz com que animais tenham que deixar refúgios de matas para se alimentar e reproduzir, tornando-se vítimas de automóveis e caçadores, por exemplo.

Entre fevereiro e junho deste ano, um projeto do Instituto Brasília Ambiental registrou 141 atropelamentos na região da Reserva da Biosfera do Cerrado (Estação Ecológica de Águas Emendadas, Parque Nacional de Brasília, Reserva Ecológica do IBGE, Estação Ecológica do Jardim Botânico de Brasília e Fazenda Água Limpa da Universidade de Brasília). Desse total, 26% eram animais domésticos, e 104 espécimes silvestres - 43,3% de aves, 33,7% de répteis e 23% de mamíferos, incluindo lobos-guará, espécie mundialmente reconhecida como ameaçada de extinção.


O WWF-Brasil está retomando suas atividades no Cerrado, onde promoverá a ampliação e efetivação de parques nacionais e outras unidades de conservação, bem como atividades produtivas que reduzam os impactos e promovam a recuperação da vegetação e da fauna nativa do bioma, que é a formação com savanas mais rica em vida no planeta.

Publicado originalmente no site da O WWF-Brasil,  organização não-governamental brasileira dedicada à conservação da natureza com os objetivos de harmonizar a atividade humana com a conservação da biodiversidade e promover o uso racional dos recursos naturais em benefício dos cidadãos de hoje e das futuras gerações.

Defeito irreparável


A cada ano que passa, graças a minha inabalável teimosia, continuo acreditando na humanidade. Exemplos de que seria melhor não acreditar multiplicam-se pelo Planeta inteiro. Todavia, acredito. Ao meio de tantas tragédias, individuais e coletivas, sementes de esperança explodem desafiadoramente, fendendo conceitos antediluvianos, os quais, embora estejamos no Terceiro Milênio, são  responsáveis pelas grandes tragédias ambientais, no afã de amealhar fortunas.

Espero, honestamente, que em 2011 a cantata seja diferente. Como disse, sou teimoso. Acreditar na humanidade, ainda que pareça burrice, é meu defeito. Irreparável.

O que esperar de 2011?



A Educação Ambiental é uma semeadura. Este plantio exige conhecimento, sabedoria e, sobretudo, muita paciência para efetivar a colheita digna ( de leis, e ações) para a sociedade obtenha a geração de ciência e consciência ecológica, para melhor qualidade de vida aos pósteros.

Pequenas observações, grandes inovações. As esperanças de mudanças são como solos férteis, que estão cada vez mais raros e escassos. Mas, será que semeando dança, música, pintura, teatro, poesia, poderemos promover a instrução ecológica das crianças? Representar brincadeiras de guerra pode explicar que guerras de brincadeira não existem? E que a consciência das correntes políticas – no teatro da realidade - estão muito distante da paz, do equilíbrio ecológico e da fraternidade universal?

Bem, 2011 está aí. É a renovação das sementes de esperança. Mas, as crises e colapsos estão na ordem do dia de todos os governos em todos os povos. Critérios de sustentabilidade – no uso dos Biocombustíveis – serão pauta e necessidades imperiosas, enfatizando matérias primas agrícolas. O uso do solo terá valorizado os fins econômicos, mas principalmente os ecológicos, sociais e energéticos. O uso da eco inovação será permanente!

O cálculo matemático é instrumento valioso para a ecologia. É possível se estabelecer uma fórmula do impacto dos combustíveis nos gases de efeito estufa. Quem acredita pesquise e descubra! ... e isso vale para todas as demais pegadas humanas de destruição do Planeta Terra.

Todos os povos terão que sacrificar o crescimento econômico para cumprir e atingir as metas ecológicas. Uma simples decisão de um Governo pode ser exemplo de inovação para mudanças dos paradigmas... ou motivos de sacrifício da paz universal.

Na contaminação da água, só a China permite o despejo de 30 milhões de toneladas anuais de “DQO” (Demanda Química de Oxigênio (DQO), indicador de poluição da água) nos rios. Porém, a capacidade máxima da absorção da natureza é de (7) sete milhões de toneladas/ano. Quanto a qualidade do ar, acontece 1,3 milhões de mortes prematuras/ por ano, ligadas a doenças respiratórias. O que se espera da meta global? Parar de exterminar florestas e seus seres? Controlar a poluição?

Quiçá, rompendo os paradigmas da ignorância, buscar soluções compartilhadas? Saberemos prever comportamentos – sem projetos nem cientistas – para melhorar a natureza da vida? ... e a vida da natureza?

Esquecemos que a água é essencial aos peixes, plantas e seres humanos? Que precisamos urgentes mudanças de regras no jogo político, (carente de conhecimento científico), para determinar novas regras de mudanças eco sociais?

Nossa alternativa é pedir uma colaboração do espírito e propor um amplo, geral e irrestrito espírito de colaboração? Mas onde os ecologistas terão vez, voz e ouvidos? Ora Papai Noel!... meu presente é simples! Você pode renovar nosso estoque de verdes esperanças ecológicas para o Ano Novo? Pois, haja saco!

Dr. Gilnei Fróes – Presidente do Instituto Bering Fróes Eco Global – www.ibfecoglobal.org

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Considerações sobre o tempo


O tempo é inimigo da perfeição! Eis a frase que convida a pensar. Queremos tudo muito rápido... soluções de qualquer jeito sempre a nosso favor! Lanches rápidos. Dinheiro rápido. Romance rápido. A maioria planetária - impaciente e consumista – pensa e vive assim. Não é assim, na maioria dos casos? Ou você é extraterrestre?

A tragédia ambiental global está aí, na cara de todos! Veio em rápida resposta à ação da mão humana: chaminés, resíduos, degradação, extermínio de espécies! Veio pela lei de causa e efeito! Veio pela falta cuidados, de prevenção, de pesquisa ciência e tecnologia; veio por falta de observação do princípio da precaução. Veio... pela ignorância, ganância e, até, inoperância dos próprios governantes. Afinal: quem não governa para servir, não serve para governar.

Servir é um adjetivo superlativo, onde o tempo não passa e não conta... e as vezes custa muito a vir!

Se o pensamento, a lógica, a racionalidade nos diferencia dos animais, agora como médico veterinário solicito ingresso na categoria destes. Pois há muita gente que não merece o título de humano, pelo preconceito racial ou social e dos idosos que, no século 21, ainda permeiam espaços inimagináveis. Será que a alma tem cor?

Pense! Tem pessoas que são piores do que animais! Assaltam, seqüestram, traficam, enganam, falsificam, matam... sem a finalidade existencial dos animais.

Tudo está aí... para se pensar e repensar! Fazer e refazer! Porque deixarei de ter essa visão crítica, clara e mais discutível com sociedade, por entender de que desta vida nada se leva... a não ser a vida que se leva, com os invisíveis pertences de valores, princípios e nossas leis interiores. Há esquife com código, cartão de acesso ou senha?

A idéia de cidadão planetário pode - hoje - ser idiotice! Mas em que data vão ser abolidas as fronteiras, os hinos, os exércitos sem fins bélicos, a fome, as pandemias e a miséria ambiental global (destruição de florestas, poluição de rios e oceanos) cujo cenário tem palco em todos os países?

Quando a humanidade vai entrar em cena? Atuar, agir, pensar. Participar em projetos e empreendimentos, se este é o único e último momento que temos para melhorar a vida neste Planeta. Você vai continuar brigando por palavras: se vai ressuscitar? Ou reencarnar? ... para trabalhar por si, pelo Planeta e demais seres depois de morrer?

Quem sabe as imperfeições humanas é que são inimigas do tempo! Então, será que o tempo é inimigo da perfeição?! Logo, usemos o tempo – na busca da perfeição – todo o tempo,... mas que seja o mais breve possível.

A natureza não tem tempo para esperar por decisões da humanidade. A humanidade é que tem que ter tempo para a natureza. Do contrário, todas as profecias - do tempo não tempo! - se cumprirão. Você consegue um tempo para trabalhar nesta causa da família planetária? Como salvar sua família, sua empresa, seus bens... sem salvar o planeta?

Dr. Gilnei Fróes – Presidente do Instituto Bering Fróes Eco Global – www.ibfecoglobal.org

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Alertas

Eis nosso “alerta SOS” versus “alerta vermelho” dos estrangeiros. Volto questionar: Como preservar todas milhares de espécies ameaçadas? Há décadas, em alertas educativos, fui rotulado de alarmista. Agora, que faço necro-alertas negros, (em ecotrevas dominantes) sou considerado, profeta da ecoapocalipse. Está consolidado o processo de extinção. A extinção tem a mesma idade do homem na Terra. Porém, é óbvio que os cientistas ( alguns bem pagos!) calculam o que interessa divulgar, não é mesmo?

O mundo perde hoje cerca de mil a 10 mil vezes mais espécies que a taxa de extinção do passado. Um erro de 9 mil vezes, poderá ser uma certeza matemática? E pior! As lindas borboletas da nossa infância sumiram dos jardins e das nossas primaveras. Os besouros são raridades. O canto das cigarrras, não faz parte da sonfonia da natureza. E o urso polar, sem geleiras, nem rios e nem peixes, já está classificado pelo governo dos EUA como um animal ameaçado de extinção. Isso será normal? Cadê as ONGs?


Primeiro some o habitat. Depois os bichos. A seguir a humanidade. Obvio! A aceleração do ritmo de derretimento do gelo do Ártico, em função do aquecimento global (que anunciei há 22 anos) em entrevista passou como um desabafo. Tudo acontece em igual ritmo em que descongelamos nossos “freezers” na cozinha de casa. Mas a vida é isso! Essa banalidade! Aceita-se que inexistirá “habitat” em poucas décadas e pronto! Os cientístas resolverão, dizem! Indago: onde? Quando? Como? E com que recursos?

Especialistas internacionais calculam que mais de 15 mil espécies estão na lista de extinção. E a extinção, sempre digo, é para sempre! Já é difícil se dizer quantas espécies foram extintas no último século. Mas o registro de declínio de populações, (seja de animais e/ou plantas), neste século passado, não têm um “mapa da devastação” como tal entrevista dos anos 80.

Assim como o conceito técnico de extinção (ou da relatividade do tempo!) não são muito claros para as populações e governos, o tema passa em branco. Em suma: uma espécie só é considerada extinta depois de exaustiva$$$s pesquisas em um vasto e ilimitado número de “habitat” pesquisados e nenhum indivíduo for encontrado.

Mas o que é “uma espécie em extinção” para fazer frente a um jogo da Copa dos Campeões? Ou da nossa torcida na Taça Libertadores da América? Ou ao milésimo encantado gol de Romário? Mas, o que vale projetos de cientista ambientais, se falta apoio, recursos e consciencia do poder?

Para pesquisar apenas “uma (1) espécie extinta”, isto pode consumir décadas de pesquisas, além de milhares de pesquisadores e bilhões de dólares. E isso, só para se obter o “atestado de óbito” da espécie. Ora, pode passar um século para uma espécie ser considerada extinta, pois mesmo sendo raramente vista, um casal bichinhos apaixonados podem sobreviver, numa verde esperança perdida. Seja numa ilha remota ou mata longíncua. O “homo sapiens” terá igual destino? Bem! O que voce acha? Enquanto isso, a extinção continua...

Por isso, mesmo que os cientistas suspeitem fortemente que um animal foi extinto, não podem expressar um “laudo” até um tempo ter passado desde a última observação. E isso pode significar e demandar meio século ou mais de pesquisas... para declarar a espécie extinta.

Conservacionistas calculam que desde 1500 houve mais de 800 registros de extinção, porém não há um único e verdadeiro documento com número oficial. É veraz que, os números são certamente muito maior, visto os graus de devastação planetária de todos ecossistemas em todos países... são permanentes!

Há cálculos! Dizem – vagamente - que um em cada quatro mamíferos; e um a cada oito passaros estão em fase de extinção. Metade de todas as tartarugas marinhas e de água doce estão em extinção. Os anfíbios, por andarem em terra e água, padecem de maiores indices de riscos, sendo duplamente vítimas. Assim, temos uma (1) a cada três (3) espécies em sério risco de extinção e mais de 120 espécies consagradas como extintas, só nestes últimos 30 anos.

Em 2002, no último inventário de animais brasileiros ameaçados de extinção, o censo da morte contabilizou 627 espécies extintas. Em 1989, na lista de doze (12) anos antes, os dados eram tres (3) vezes menor. Hoje, será que o número triplicou? Quintuplicou? Ou centuplicou? Quem sabe responder?

E detalhe: apesar da ignorância, da ganância e da inoperância, o Brasil ainda está abaixo de padrões internacionais de extinção. Considera-se legalmente tolerável que até 12% da fauna estejam ameaçados. Você acredita que no Brasil, esse número seja apenas (9%) nove por cento? Para este “estudo” (entre “aspas” ) de comparação, são analisados apenas mamíferos e aves. Ora, e os outros bichinhos e plantinhas, indicadores de vida? De sustentação dos ciclos da cadeia alimentar? Porque não os contam? Por acaso não são espécies? Elos da cadeia alimentar dos demais?

Porém, o que perguntei em matéria jornalistica, ainda está sem resposta! É uma simples pergunta. Quem têm o “mapa da devastação”? Quantas espécies desapareceram mesmo? Ou quem ainda está vivo? Quem têm um catálogo e um manual original de Deus, (na sua criatividade infinita de animais, vegetais, minerais), com os modelos, formas e “designs” e funções de tudo na Mãe-Natureza? Cadê as minhocas?

Como Gestor Ambiental, preciso ter um “manual” do funcionamento (com normas, leis, etc) o mais perfeito possivel e menos lesivo meio ambiente. Do contrário, como análisar os “impactos ambientais”? Como emitir pareceres? Ou laudos técnicos? Baseado em que?

Até hoje, cerca de 1,5 milhão de animais e plantas já foram identificados: ganharam um nome de batismo. Porém, os numeros reais ultrapassam a 15 milhões. Outras estimativas científicas, afirmam ser maiores do que 30 milhões, Porque destruir o que nem conhecemos nem catalogamos? Quem tem um catálogo global das espécies?

A última passagem de extinção - pelo qual passou o Planeta Terra - foi há 65 milhões de anos. Sumiram com os poderosos dinossauros. Teorias: asteróide, erupções vulcânicas, mudanças climáticas, etc. Mas desaparecerem! Há arqueólogos perdidos juntando ossos espalhados por todos recantos do planeta.

Mas outra extinção maior do que todas, ocorreu cerca de 250 milhões de anos. Na época, 90% da vida marinha e 70% das espécies terrestres sumiram. E a hipótese diz que alguma coisa aconteceu na biosfera terrestre, exterminando todo o “oxigênio”. Mas como e porque o “oxigenio” desapareceu? Seriam gases tóxicos de vulcões em erupção?

A principal razão de preocupações com o ritmo da extinções é de que, nem toda a tecnologia atual, garante vida a humanidade. Dependemos de uma alquimia sutil: barata e impagável e desprezada pelos poderosos. O “balanço ecológico” da Natureza, é inverso à natureza dos balanços econômicos.

Como sobreviver sem ar limpo, água potável pura, alimentos saudáveis e novos medicamentos. Estamos num processo de mudanças! Mudança climáticas que exigem mudanças de atitudes. Já causamos mil ferimentos na vida planetária. As crises e colapso do sistema de suporte a vida natural estão na cara e casa de todos. A biodiversidade do Planeta Terra é esta coleção integrada de vidas!

Mas o pior: não sabem que, a vida no Planeta Terra demorou milhões de anos para se recuperar daquelas – dinossauricas - extinções coletivas. Que pode ser extinta em dias por absurda III Guerra Nuclear? Eis as últimas razões para ficarmos espertos; atentos! Ela é de natureza consumista e ecofilosófica. Se os seres humanos que conservam , partituras, livros em bibliotécas, trabalhos de arte em museus e coleções de selos e moedas, por que não conservar o germoplasma da natureza ? Será que a extinção das borboletas e florestas é menos importante que um velho quadro de Rembrandt ou um Picasso rasgados? Ou roubados de um Museu?

Como rever conceitos, valores e governos despreparados? Quando a sociedade acordará meu Deus !? Ou quando Deus acordará a sociedade?

Dr. Gilnei Fróes – Coordenação do projeto “SOS” Planeta Terra – www.ibfecoglobal.org











quarta-feira, 20 de outubro de 2010

SOS Planeta Terra



Como alertar a sociedade para o caráter de antevisão futurista do Gestor Ambiental? Em idéias simples estão soluções de complexos problemas ambientais. Por isso, o Gestor Ambiental trabalha na busca do desenvolvimento de tecnologias e soluções ambientais. Lidando com a criatividade de idéias, projetos de “C&TI”, - sonhos e pesadelos – aliando o planejamento dos recursos humanos aos interesses econômicos.

Posso assegurar que, juntamente com os “biotecnólogos” – serão as profissões mais valorizadas do Planeta Terra, pois tecnologias alternativas ambientais ou vacinas contra pandemias, bem como pesquisas e patentes, são exercícios do cotidiano destes profissionais: salvar vidas!

A vida da natureza e a natureza da vida dependem de suas equipes multidisciplinares.

Onde há fumaças, poeiras, degradações, poluição, materiais contaminantes, resíduos, controle de processos industriais, impactos ambientais, mineração, florestas, desertos e até a criação de novos produtos ecologicamente corretos, (sistemas, mecanismos, etc.). Novos produtos envolvendo marcas e patentes, em avançados “Science Parks”, exigem com certeza há um profissional responsável e tecnicamente com a competência necessária do Gestor Ambiental.

Como legitimo interprete da natureza e tradutor dos empresários, no meio de mil situações – como valioso intermediário – diminuindo custos de produção ou mesmo aumentando lucros, resolvendo desafios o Gestor Ambiental é imprescindível às políticas públicas e, principalmente, privadas. Do contrário, multas, competição com concorrentes, perda de mercados são decorrentes de empreendimentos onde falta responsabilidade ambiental.

Como especialista no tema, considero que há um secular atraso (generalizado) de nossa sociedade que só espera soluções – governamentais - prontas. Seja em leis, cartilhas ambientais, sempre há uma finalidade econômica na ecologia. Assim, de nada adianta ser eleito para cargos políticos, se faltar o “conhecimento” de todas as competências necessárias extensivas ao “staff” de excelência. E isso tem custos!

Antes empresas queriam o máximo, pagando o mínimo. Hoje, precisam & querem o mínimo, pagando o máximo. Racionalizar é a palavra chave. Eco eficiência é diminuição de custos. E a improvisação está com os dias contados...

Por isso, em meio a revolução do “marketing & merchandising” verde, devem acontecer mil mudanças na visão ecológica dos Governos, universidades e empresas que são ferramentas do eco desenvolvimento.

Hoje não subo mais em árvores, como fiz em criança, para impedir suas derrubadas. Há mil mecanismos para esse controle; um imenso teatro de operações (normas, leis, policia ambiental, etc. fiscais) que continuam meros atores de um desempenho virtual.

A realidade é que tudo continua sem funcionar e sem resposta. Por que a rica biodiversidade da Floresta Amazônica será transformada em Deserto Amazônico? Por que o “Pantanal” se torna um depósito de lixos? E a neve dos Andes sumirá das paisagens, como cubos de gelo num copo de uísque?

Certamente, tudo isto me afasta do cenário brasileiro. Os melhores executivos são os que – de malas e cérebros cheios de projetos – migram para outros países onde são muito bem recebidos.

Tanto os investidores e governos estrangeiros – pela integridade e respeito às idéias certas – entendem que nossa criatividade (arquitetura de Oscar Niemeyer; música de Tom Jobim; poesia de Vinicius de Moraes; ou inventos de Santos Dumont) acontece com a genialidade simples que pregamos em prol de um planeta Terra humano & equilibrado.

Pablo Neruda dizia: “Escrever é fácil. Você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. No meio você coloca idéias.”

O mesmo vale para nossos projetos! Em desertos reais podem florescer florestas virtuais que darão frutos de poesia no verão seguinte... para colhê-los – espere pensando, escrevendo, vivendo - com toda a paciência!

Dr. Gilnei Fróes – Presidente do “Instituto Bering Fróes Eco Global” – www.ibfecoglobal.org





quarta-feira, 14 de julho de 2010

SOS Planeta Oil




No dia 20 de abril eu estava em Cuiabá, MT. No Jornal da noite vi pela TV a explosão na plataforma “Deepwater Horizon” da empresa “British Petroleum” (costa da Lousiana) no Golfo do México. Noticiava que onze (11) funcionários da empresa haviam desaparecido no acidente. Era o começo de uma amostra de tragédia planetária, localizada... no coração da fonte (e modelo) da energia vital de sua sustentabilidade econômica dos EUA!

Em tese, uma espécie de feitiço contra o feiticeiro do aquecimento global!

A estimativa de que, por dia, mais de um a dois milhões de litros de óleo se espalham no mar, é uma ameaça direta a economia do eco turismo de paraísos dos EUA, além de devastar (... de forma irreversível) os ecossistemas e habitat oceânico, ameaçando as industrias de pesca.

Uma mega operação de tentativa de controle (com milhares de pessoas e bilhões de dólares) envolvendo robôs submarinos, produtos químicos dispersantes, barreiras de proteção, navios – em razão da falha dos mecanismos de prevenção e proteção – é um prova da fragilidade e pobreza da economia perante a riqueza da ecologia.

As experiências de funcionários do Ministério do Interior do EUA revelam que a contenção da tragédia pode demandar mais de 90 dias (se estimados em 25 mil barris de óleo/dia) serão 2,25 milhões de barris ou 94, 5 milhões de galões... contaminando, matando, poluindo, exterminando vidas marinhas.

Nem o poderoso “Departamento de Ciências da Terra e Atmosfera” que atua em parceria com a “Administração Nacional Oceânica e Atmosfera” (NOOA), têm estimativas precisas desta hemorragia petrolífera. Assim, como vou emitir pareceres? ... se o verbo discordar é super intransitivo e nem se conjuga com o prevenir? ... num mar de incertezas!

Mas cá entre nós: será que o índice “Dow Jones” vale mais do que os peixes, corais e recifes, algas, água verdejante do oceano, aves e pingüins? Nos anos 90, já fizera alertas de que flora e fauna marítima ( ...peixes, pássaros, mamíferos, répteis e anfíbios), estariam condenados a extinção, em caso de desastres com petróleo! Queria estar errado! Ser burro a ponto de não antever nada! Não pensar e pronto! Ser mais um exemplar da manada humana!

Porém, sem ser órfão da Mãe Natureza, em oráculos cósmicos, mesmo no meio da poeira, fuligem e fumaça nossa de cada dia, não consigo ver um futuro límpido para a humanidade. Conheço muitos espécimes humanóides ameaçados de extinção que,(... se tivessem oportunidade!), dariam ótimas idéias à Prêmios Nobel. Legítimos Professores Pardais!..., perdidos no cotidiano do planeta Terra, mas livres de serem condenados como gananciosos poluidores que nada fazem pela “vida do natureza” global e nem pela “natureza da vida” dos seres ameaçados!

Se observarmos os lucrativos demonstrativos de contas bancarias, muitos bancos econômicos precisam aprender a abrir as portas e cofres aos legítimos ecologistas que têm um “capital intelectual” (um valioso Banco Ecológico) aplicado em projetos ambientais de interesse local e global. Será que sem ecologia íntegra a economia do eco turismo terá sustentabilidade?

Na tentativa desesperada de soluções, usando diluentes da molécula de petróleo (... que são igualmente tóxicos à vida oceânica e perniciosos à cadeia alimentar) o crime vai culminar ampliando outros danos, comprometendo à própria sobrevivência humana. Que tipos de câncer vão advir? Que doenças metabólicas vão corromper as espécies marinhas sobreviventes? Em que laboratório de biotecnologia - em “science park” – podemos pesquisar e analisar tais implicações futuras? Lá no Canadá? Ou nos States?

A maneira catastrófica do vazamento, além de ser um filme de terror para a natureza, é uma tragicomédia que desafia a eco-tecnologia dos poderosos!

“The End” já está escrito! Somos meros personagens coadjuvantes de um filme que já tivemos vários “trailers”... mas, depois de tentarem de tudo, vamos lembrar que o “mar vai virar sertão” ( ...um deserto de vidas; numa salgada lixeira aquática fétida!) e o “sertão vai virar mar” (* levando a esperança dos nordestinos! )

Que destino! Mas os terráqueos não tem consciência de que é o Planeta Terra! Uma mera nave-casa-cósmica coletiva de seres viajantes... rumo a evolução espiritual de forma holística e ecumênica... reservada aos justos sobreviventes da apocalipse do petróleo!

Lembro a todos que a última coisa a ser lembrada,... deveria ter sido a primeira. Onde ficou a prática do “principio da precaução?”


Dr. Gilnei Fróes – Coordenador do projeto “SOS” Earth Planet