quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Ciclovias em Pelotas... Um sonho distante




Poder público e população podem fazer o sonho virar realidade em Pelotas



Pois é... Pelotas, de ruas e avenidas planas, poderia ser uma cidade modelo no que se refere à ciclovia e ciclofaixas, transformando a urbe em espaço exemplar, mais humano, com menos carros circulando, tornando o ar mais respirável, e, por via de conseqüência, fazendo do pelotense um cidadão menos sedentário.


Mas, parece-me não ser está a meta dos pelotenses em geral, que não se mobilizam para tornar isso realidade. Talvez não seja a intenção, mas acaba se transformando num velado conluio com o Poder Público local, o qual também não demonstra querer mais do que já fez, diferentemente do que fazem outros gestores em inúmeras cidades do mundo, os quais têm preocupação em transformar as cidades em espaços cujo trânsito é tranqüilo, harmonizando-se com os ciclistas, pedestres de todas as idades, bem como oferecendo às pessoas portadoras de necessidades especiais condições de andarem pelas ruas, calçadas, de forma mais segura.


Todos nós sabemos que as cidades médias e grandes - como Pelotas, por exemplo - estão à merce de um trânsito caótico, disputando espaço nas ruas, avenidas, estacionamentos e etc. As ciclovias e as ciclofaixas são, naturalmente, saídas inteligentes para minimizar esse caos urbano.


O Brasil, hoje, conta com mais de 2.517 quilômetros de ciclovias construídos em 280 cidades, quadruplicando a extensão das pistas exclusivas para ciclistas, de acordo com o Ministério das Cidades.


A construção de ciclovias, entretanto, é de responsabilidade dos estados e municípios. Apesar disso, o governo federal tem um programa de incentivo a essas vias, apoiando centenas de projetos de construção de ciclovias.


O governo federal estimula, apóia e orienta, passando informações e fazendo estimativas de custos para que estados e municípios implementem as ações.


A bicicleta deveria ser incorporada ao sistema de transporte do país, como acontece em várias cidades européias. Os motoristas de outros tipos de veículo, entretanto, como carros, caminhões e ônibus, precisam ter consciência de que não têm exclusividade nas vias. A bicicleta é um veículo como outro qualquer e tem direito e usar o espaço viário existente nas cidades.


O papel do município, portanto, é sinalizar e orientar os motoristas sobre a convivência com os ciclistas, numa efetiva ação disciplinadora.


Os cinco requisitos básicos para a construção de uma ciclovia são: segurança; rapidez; coerência (ter um início e um fim), conforto e atratividade.


Manoel Soares Magalhães









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