terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Guará: o grande lobo do cerrado

                                    

Parente dos lobos selvagens e dos cachorros domésticos, o lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) é um animal típico do Cerrado e maior canídeo da América do Sul, podendo atingir até um metro de altura e pesar 30 quilos. Além do Brasil, pode ser encontrado em regiões da Argentina, Bolívia, Paraguai, Peru e Uruguai.

Altivo, esguio e elegante, também é conhecido como lobo-de-crina, lobo-vermelho, aguará, aguaraçu e jaguaperi, todos nomes atrelados a sua bela pelagem laranja-avermelhada, que o torna um dos mais belos animais brasileiros. Na natureza, vive cerca de 15 anos. A cada gestação, que dura pouco mais de dois meses, nascem em média dois filhotes.

Apesar do porte imponente e da alcunha de “lobo”, é tímido, solitário e praticamente inofensivo, preferindo manter distância de populações humanas. Usa suas presas para se alimentar de pequenos animais, como roedores, tatus e perdizes, além de frutos variados do Cerrado, como o araticum e a lobeira (Solanum lycocarpum), alimento muito consumido pelo guará.

É avistado normalmente circulando por grandes campos nos fins de tardes e durante as noites. Nessa rotina, costuma cruzar estradas onde muitas vezes é atropelado. A ampla fragmentação dos remanescentes de Cerrado faz com que animais tenham que deixar refúgios de matas para se alimentar e reproduzir, tornando-se vítimas de automóveis e caçadores, por exemplo.

Entre fevereiro e junho deste ano, um projeto do Instituto Brasília Ambiental registrou 141 atropelamentos na região da Reserva da Biosfera do Cerrado (Estação Ecológica de Águas Emendadas, Parque Nacional de Brasília, Reserva Ecológica do IBGE, Estação Ecológica do Jardim Botânico de Brasília e Fazenda Água Limpa da Universidade de Brasília). Desse total, 26% eram animais domésticos, e 104 espécimes silvestres - 43,3% de aves, 33,7% de répteis e 23% de mamíferos, incluindo lobos-guará, espécie mundialmente reconhecida como ameaçada de extinção.


O WWF-Brasil está retomando suas atividades no Cerrado, onde promoverá a ampliação e efetivação de parques nacionais e outras unidades de conservação, bem como atividades produtivas que reduzam os impactos e promovam a recuperação da vegetação e da fauna nativa do bioma, que é a formação com savanas mais rica em vida no planeta.

Publicado originalmente no site da O WWF-Brasil,  organização não-governamental brasileira dedicada à conservação da natureza com os objetivos de harmonizar a atividade humana com a conservação da biodiversidade e promover o uso racional dos recursos naturais em benefício dos cidadãos de hoje e das futuras gerações.

Defeito irreparável


A cada ano que passa, graças a minha inabalável teimosia, continuo acreditando na humanidade. Exemplos de que seria melhor não acreditar multiplicam-se pelo Planeta inteiro. Todavia, acredito. Ao meio de tantas tragédias, individuais e coletivas, sementes de esperança explodem desafiadoramente, fendendo conceitos antediluvianos, os quais, embora estejamos no Terceiro Milênio, são  responsáveis pelas grandes tragédias ambientais, no afã de amealhar fortunas.

Espero, honestamente, que em 2011 a cantata seja diferente. Como disse, sou teimoso. Acreditar na humanidade, ainda que pareça burrice, é meu defeito. Irreparável.

O que esperar de 2011?



A Educação Ambiental é uma semeadura. Este plantio exige conhecimento, sabedoria e, sobretudo, muita paciência para efetivar a colheita digna ( de leis, e ações) para a sociedade obtenha a geração de ciência e consciência ecológica, para melhor qualidade de vida aos pósteros.

Pequenas observações, grandes inovações. As esperanças de mudanças são como solos férteis, que estão cada vez mais raros e escassos. Mas, será que semeando dança, música, pintura, teatro, poesia, poderemos promover a instrução ecológica das crianças? Representar brincadeiras de guerra pode explicar que guerras de brincadeira não existem? E que a consciência das correntes políticas – no teatro da realidade - estão muito distante da paz, do equilíbrio ecológico e da fraternidade universal?

Bem, 2011 está aí. É a renovação das sementes de esperança. Mas, as crises e colapsos estão na ordem do dia de todos os governos em todos os povos. Critérios de sustentabilidade – no uso dos Biocombustíveis – serão pauta e necessidades imperiosas, enfatizando matérias primas agrícolas. O uso do solo terá valorizado os fins econômicos, mas principalmente os ecológicos, sociais e energéticos. O uso da eco inovação será permanente!

O cálculo matemático é instrumento valioso para a ecologia. É possível se estabelecer uma fórmula do impacto dos combustíveis nos gases de efeito estufa. Quem acredita pesquise e descubra! ... e isso vale para todas as demais pegadas humanas de destruição do Planeta Terra.

Todos os povos terão que sacrificar o crescimento econômico para cumprir e atingir as metas ecológicas. Uma simples decisão de um Governo pode ser exemplo de inovação para mudanças dos paradigmas... ou motivos de sacrifício da paz universal.

Na contaminação da água, só a China permite o despejo de 30 milhões de toneladas anuais de “DQO” (Demanda Química de Oxigênio (DQO), indicador de poluição da água) nos rios. Porém, a capacidade máxima da absorção da natureza é de (7) sete milhões de toneladas/ano. Quanto a qualidade do ar, acontece 1,3 milhões de mortes prematuras/ por ano, ligadas a doenças respiratórias. O que se espera da meta global? Parar de exterminar florestas e seus seres? Controlar a poluição?

Quiçá, rompendo os paradigmas da ignorância, buscar soluções compartilhadas? Saberemos prever comportamentos – sem projetos nem cientistas – para melhorar a natureza da vida? ... e a vida da natureza?

Esquecemos que a água é essencial aos peixes, plantas e seres humanos? Que precisamos urgentes mudanças de regras no jogo político, (carente de conhecimento científico), para determinar novas regras de mudanças eco sociais?

Nossa alternativa é pedir uma colaboração do espírito e propor um amplo, geral e irrestrito espírito de colaboração? Mas onde os ecologistas terão vez, voz e ouvidos? Ora Papai Noel!... meu presente é simples! Você pode renovar nosso estoque de verdes esperanças ecológicas para o Ano Novo? Pois, haja saco!

Dr. Gilnei Fróes – Presidente do Instituto Bering Fróes Eco Global – www.ibfecoglobal.org

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Considerações sobre o tempo


O tempo é inimigo da perfeição! Eis a frase que convida a pensar. Queremos tudo muito rápido... soluções de qualquer jeito sempre a nosso favor! Lanches rápidos. Dinheiro rápido. Romance rápido. A maioria planetária - impaciente e consumista – pensa e vive assim. Não é assim, na maioria dos casos? Ou você é extraterrestre?

A tragédia ambiental global está aí, na cara de todos! Veio em rápida resposta à ação da mão humana: chaminés, resíduos, degradação, extermínio de espécies! Veio pela lei de causa e efeito! Veio pela falta cuidados, de prevenção, de pesquisa ciência e tecnologia; veio por falta de observação do princípio da precaução. Veio... pela ignorância, ganância e, até, inoperância dos próprios governantes. Afinal: quem não governa para servir, não serve para governar.

Servir é um adjetivo superlativo, onde o tempo não passa e não conta... e as vezes custa muito a vir!

Se o pensamento, a lógica, a racionalidade nos diferencia dos animais, agora como médico veterinário solicito ingresso na categoria destes. Pois há muita gente que não merece o título de humano, pelo preconceito racial ou social e dos idosos que, no século 21, ainda permeiam espaços inimagináveis. Será que a alma tem cor?

Pense! Tem pessoas que são piores do que animais! Assaltam, seqüestram, traficam, enganam, falsificam, matam... sem a finalidade existencial dos animais.

Tudo está aí... para se pensar e repensar! Fazer e refazer! Porque deixarei de ter essa visão crítica, clara e mais discutível com sociedade, por entender de que desta vida nada se leva... a não ser a vida que se leva, com os invisíveis pertences de valores, princípios e nossas leis interiores. Há esquife com código, cartão de acesso ou senha?

A idéia de cidadão planetário pode - hoje - ser idiotice! Mas em que data vão ser abolidas as fronteiras, os hinos, os exércitos sem fins bélicos, a fome, as pandemias e a miséria ambiental global (destruição de florestas, poluição de rios e oceanos) cujo cenário tem palco em todos os países?

Quando a humanidade vai entrar em cena? Atuar, agir, pensar. Participar em projetos e empreendimentos, se este é o único e último momento que temos para melhorar a vida neste Planeta. Você vai continuar brigando por palavras: se vai ressuscitar? Ou reencarnar? ... para trabalhar por si, pelo Planeta e demais seres depois de morrer?

Quem sabe as imperfeições humanas é que são inimigas do tempo! Então, será que o tempo é inimigo da perfeição?! Logo, usemos o tempo – na busca da perfeição – todo o tempo,... mas que seja o mais breve possível.

A natureza não tem tempo para esperar por decisões da humanidade. A humanidade é que tem que ter tempo para a natureza. Do contrário, todas as profecias - do tempo não tempo! - se cumprirão. Você consegue um tempo para trabalhar nesta causa da família planetária? Como salvar sua família, sua empresa, seus bens... sem salvar o planeta?

Dr. Gilnei Fróes – Presidente do Instituto Bering Fróes Eco Global – www.ibfecoglobal.org

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Alertas

Eis nosso “alerta SOS” versus “alerta vermelho” dos estrangeiros. Volto questionar: Como preservar todas milhares de espécies ameaçadas? Há décadas, em alertas educativos, fui rotulado de alarmista. Agora, que faço necro-alertas negros, (em ecotrevas dominantes) sou considerado, profeta da ecoapocalipse. Está consolidado o processo de extinção. A extinção tem a mesma idade do homem na Terra. Porém, é óbvio que os cientistas ( alguns bem pagos!) calculam o que interessa divulgar, não é mesmo?

O mundo perde hoje cerca de mil a 10 mil vezes mais espécies que a taxa de extinção do passado. Um erro de 9 mil vezes, poderá ser uma certeza matemática? E pior! As lindas borboletas da nossa infância sumiram dos jardins e das nossas primaveras. Os besouros são raridades. O canto das cigarrras, não faz parte da sonfonia da natureza. E o urso polar, sem geleiras, nem rios e nem peixes, já está classificado pelo governo dos EUA como um animal ameaçado de extinção. Isso será normal? Cadê as ONGs?


Primeiro some o habitat. Depois os bichos. A seguir a humanidade. Obvio! A aceleração do ritmo de derretimento do gelo do Ártico, em função do aquecimento global (que anunciei há 22 anos) em entrevista passou como um desabafo. Tudo acontece em igual ritmo em que descongelamos nossos “freezers” na cozinha de casa. Mas a vida é isso! Essa banalidade! Aceita-se que inexistirá “habitat” em poucas décadas e pronto! Os cientístas resolverão, dizem! Indago: onde? Quando? Como? E com que recursos?

Especialistas internacionais calculam que mais de 15 mil espécies estão na lista de extinção. E a extinção, sempre digo, é para sempre! Já é difícil se dizer quantas espécies foram extintas no último século. Mas o registro de declínio de populações, (seja de animais e/ou plantas), neste século passado, não têm um “mapa da devastação” como tal entrevista dos anos 80.

Assim como o conceito técnico de extinção (ou da relatividade do tempo!) não são muito claros para as populações e governos, o tema passa em branco. Em suma: uma espécie só é considerada extinta depois de exaustiva$$$s pesquisas em um vasto e ilimitado número de “habitat” pesquisados e nenhum indivíduo for encontrado.

Mas o que é “uma espécie em extinção” para fazer frente a um jogo da Copa dos Campeões? Ou da nossa torcida na Taça Libertadores da América? Ou ao milésimo encantado gol de Romário? Mas, o que vale projetos de cientista ambientais, se falta apoio, recursos e consciencia do poder?

Para pesquisar apenas “uma (1) espécie extinta”, isto pode consumir décadas de pesquisas, além de milhares de pesquisadores e bilhões de dólares. E isso, só para se obter o “atestado de óbito” da espécie. Ora, pode passar um século para uma espécie ser considerada extinta, pois mesmo sendo raramente vista, um casal bichinhos apaixonados podem sobreviver, numa verde esperança perdida. Seja numa ilha remota ou mata longíncua. O “homo sapiens” terá igual destino? Bem! O que voce acha? Enquanto isso, a extinção continua...

Por isso, mesmo que os cientistas suspeitem fortemente que um animal foi extinto, não podem expressar um “laudo” até um tempo ter passado desde a última observação. E isso pode significar e demandar meio século ou mais de pesquisas... para declarar a espécie extinta.

Conservacionistas calculam que desde 1500 houve mais de 800 registros de extinção, porém não há um único e verdadeiro documento com número oficial. É veraz que, os números são certamente muito maior, visto os graus de devastação planetária de todos ecossistemas em todos países... são permanentes!

Há cálculos! Dizem – vagamente - que um em cada quatro mamíferos; e um a cada oito passaros estão em fase de extinção. Metade de todas as tartarugas marinhas e de água doce estão em extinção. Os anfíbios, por andarem em terra e água, padecem de maiores indices de riscos, sendo duplamente vítimas. Assim, temos uma (1) a cada três (3) espécies em sério risco de extinção e mais de 120 espécies consagradas como extintas, só nestes últimos 30 anos.

Em 2002, no último inventário de animais brasileiros ameaçados de extinção, o censo da morte contabilizou 627 espécies extintas. Em 1989, na lista de doze (12) anos antes, os dados eram tres (3) vezes menor. Hoje, será que o número triplicou? Quintuplicou? Ou centuplicou? Quem sabe responder?

E detalhe: apesar da ignorância, da ganância e da inoperância, o Brasil ainda está abaixo de padrões internacionais de extinção. Considera-se legalmente tolerável que até 12% da fauna estejam ameaçados. Você acredita que no Brasil, esse número seja apenas (9%) nove por cento? Para este “estudo” (entre “aspas” ) de comparação, são analisados apenas mamíferos e aves. Ora, e os outros bichinhos e plantinhas, indicadores de vida? De sustentação dos ciclos da cadeia alimentar? Porque não os contam? Por acaso não são espécies? Elos da cadeia alimentar dos demais?

Porém, o que perguntei em matéria jornalistica, ainda está sem resposta! É uma simples pergunta. Quem têm o “mapa da devastação”? Quantas espécies desapareceram mesmo? Ou quem ainda está vivo? Quem têm um catálogo e um manual original de Deus, (na sua criatividade infinita de animais, vegetais, minerais), com os modelos, formas e “designs” e funções de tudo na Mãe-Natureza? Cadê as minhocas?

Como Gestor Ambiental, preciso ter um “manual” do funcionamento (com normas, leis, etc) o mais perfeito possivel e menos lesivo meio ambiente. Do contrário, como análisar os “impactos ambientais”? Como emitir pareceres? Ou laudos técnicos? Baseado em que?

Até hoje, cerca de 1,5 milhão de animais e plantas já foram identificados: ganharam um nome de batismo. Porém, os numeros reais ultrapassam a 15 milhões. Outras estimativas científicas, afirmam ser maiores do que 30 milhões, Porque destruir o que nem conhecemos nem catalogamos? Quem tem um catálogo global das espécies?

A última passagem de extinção - pelo qual passou o Planeta Terra - foi há 65 milhões de anos. Sumiram com os poderosos dinossauros. Teorias: asteróide, erupções vulcânicas, mudanças climáticas, etc. Mas desaparecerem! Há arqueólogos perdidos juntando ossos espalhados por todos recantos do planeta.

Mas outra extinção maior do que todas, ocorreu cerca de 250 milhões de anos. Na época, 90% da vida marinha e 70% das espécies terrestres sumiram. E a hipótese diz que alguma coisa aconteceu na biosfera terrestre, exterminando todo o “oxigênio”. Mas como e porque o “oxigenio” desapareceu? Seriam gases tóxicos de vulcões em erupção?

A principal razão de preocupações com o ritmo da extinções é de que, nem toda a tecnologia atual, garante vida a humanidade. Dependemos de uma alquimia sutil: barata e impagável e desprezada pelos poderosos. O “balanço ecológico” da Natureza, é inverso à natureza dos balanços econômicos.

Como sobreviver sem ar limpo, água potável pura, alimentos saudáveis e novos medicamentos. Estamos num processo de mudanças! Mudança climáticas que exigem mudanças de atitudes. Já causamos mil ferimentos na vida planetária. As crises e colapso do sistema de suporte a vida natural estão na cara e casa de todos. A biodiversidade do Planeta Terra é esta coleção integrada de vidas!

Mas o pior: não sabem que, a vida no Planeta Terra demorou milhões de anos para se recuperar daquelas – dinossauricas - extinções coletivas. Que pode ser extinta em dias por absurda III Guerra Nuclear? Eis as últimas razões para ficarmos espertos; atentos! Ela é de natureza consumista e ecofilosófica. Se os seres humanos que conservam , partituras, livros em bibliotécas, trabalhos de arte em museus e coleções de selos e moedas, por que não conservar o germoplasma da natureza ? Será que a extinção das borboletas e florestas é menos importante que um velho quadro de Rembrandt ou um Picasso rasgados? Ou roubados de um Museu?

Como rever conceitos, valores e governos despreparados? Quando a sociedade acordará meu Deus !? Ou quando Deus acordará a sociedade?

Dr. Gilnei Fróes – Coordenação do projeto “SOS” Planeta Terra – www.ibfecoglobal.org











quarta-feira, 20 de outubro de 2010

SOS Planeta Terra



Como alertar a sociedade para o caráter de antevisão futurista do Gestor Ambiental? Em idéias simples estão soluções de complexos problemas ambientais. Por isso, o Gestor Ambiental trabalha na busca do desenvolvimento de tecnologias e soluções ambientais. Lidando com a criatividade de idéias, projetos de “C&TI”, - sonhos e pesadelos – aliando o planejamento dos recursos humanos aos interesses econômicos.

Posso assegurar que, juntamente com os “biotecnólogos” – serão as profissões mais valorizadas do Planeta Terra, pois tecnologias alternativas ambientais ou vacinas contra pandemias, bem como pesquisas e patentes, são exercícios do cotidiano destes profissionais: salvar vidas!

A vida da natureza e a natureza da vida dependem de suas equipes multidisciplinares.

Onde há fumaças, poeiras, degradações, poluição, materiais contaminantes, resíduos, controle de processos industriais, impactos ambientais, mineração, florestas, desertos e até a criação de novos produtos ecologicamente corretos, (sistemas, mecanismos, etc.). Novos produtos envolvendo marcas e patentes, em avançados “Science Parks”, exigem com certeza há um profissional responsável e tecnicamente com a competência necessária do Gestor Ambiental.

Como legitimo interprete da natureza e tradutor dos empresários, no meio de mil situações – como valioso intermediário – diminuindo custos de produção ou mesmo aumentando lucros, resolvendo desafios o Gestor Ambiental é imprescindível às políticas públicas e, principalmente, privadas. Do contrário, multas, competição com concorrentes, perda de mercados são decorrentes de empreendimentos onde falta responsabilidade ambiental.

Como especialista no tema, considero que há um secular atraso (generalizado) de nossa sociedade que só espera soluções – governamentais - prontas. Seja em leis, cartilhas ambientais, sempre há uma finalidade econômica na ecologia. Assim, de nada adianta ser eleito para cargos políticos, se faltar o “conhecimento” de todas as competências necessárias extensivas ao “staff” de excelência. E isso tem custos!

Antes empresas queriam o máximo, pagando o mínimo. Hoje, precisam & querem o mínimo, pagando o máximo. Racionalizar é a palavra chave. Eco eficiência é diminuição de custos. E a improvisação está com os dias contados...

Por isso, em meio a revolução do “marketing & merchandising” verde, devem acontecer mil mudanças na visão ecológica dos Governos, universidades e empresas que são ferramentas do eco desenvolvimento.

Hoje não subo mais em árvores, como fiz em criança, para impedir suas derrubadas. Há mil mecanismos para esse controle; um imenso teatro de operações (normas, leis, policia ambiental, etc. fiscais) que continuam meros atores de um desempenho virtual.

A realidade é que tudo continua sem funcionar e sem resposta. Por que a rica biodiversidade da Floresta Amazônica será transformada em Deserto Amazônico? Por que o “Pantanal” se torna um depósito de lixos? E a neve dos Andes sumirá das paisagens, como cubos de gelo num copo de uísque?

Certamente, tudo isto me afasta do cenário brasileiro. Os melhores executivos são os que – de malas e cérebros cheios de projetos – migram para outros países onde são muito bem recebidos.

Tanto os investidores e governos estrangeiros – pela integridade e respeito às idéias certas – entendem que nossa criatividade (arquitetura de Oscar Niemeyer; música de Tom Jobim; poesia de Vinicius de Moraes; ou inventos de Santos Dumont) acontece com a genialidade simples que pregamos em prol de um planeta Terra humano & equilibrado.

Pablo Neruda dizia: “Escrever é fácil. Você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. No meio você coloca idéias.”

O mesmo vale para nossos projetos! Em desertos reais podem florescer florestas virtuais que darão frutos de poesia no verão seguinte... para colhê-los – espere pensando, escrevendo, vivendo - com toda a paciência!

Dr. Gilnei Fróes – Presidente do “Instituto Bering Fróes Eco Global” – www.ibfecoglobal.org





quarta-feira, 14 de julho de 2010

SOS Planeta Oil




No dia 20 de abril eu estava em Cuiabá, MT. No Jornal da noite vi pela TV a explosão na plataforma “Deepwater Horizon” da empresa “British Petroleum” (costa da Lousiana) no Golfo do México. Noticiava que onze (11) funcionários da empresa haviam desaparecido no acidente. Era o começo de uma amostra de tragédia planetária, localizada... no coração da fonte (e modelo) da energia vital de sua sustentabilidade econômica dos EUA!

Em tese, uma espécie de feitiço contra o feiticeiro do aquecimento global!

A estimativa de que, por dia, mais de um a dois milhões de litros de óleo se espalham no mar, é uma ameaça direta a economia do eco turismo de paraísos dos EUA, além de devastar (... de forma irreversível) os ecossistemas e habitat oceânico, ameaçando as industrias de pesca.

Uma mega operação de tentativa de controle (com milhares de pessoas e bilhões de dólares) envolvendo robôs submarinos, produtos químicos dispersantes, barreiras de proteção, navios – em razão da falha dos mecanismos de prevenção e proteção – é um prova da fragilidade e pobreza da economia perante a riqueza da ecologia.

As experiências de funcionários do Ministério do Interior do EUA revelam que a contenção da tragédia pode demandar mais de 90 dias (se estimados em 25 mil barris de óleo/dia) serão 2,25 milhões de barris ou 94, 5 milhões de galões... contaminando, matando, poluindo, exterminando vidas marinhas.

Nem o poderoso “Departamento de Ciências da Terra e Atmosfera” que atua em parceria com a “Administração Nacional Oceânica e Atmosfera” (NOOA), têm estimativas precisas desta hemorragia petrolífera. Assim, como vou emitir pareceres? ... se o verbo discordar é super intransitivo e nem se conjuga com o prevenir? ... num mar de incertezas!

Mas cá entre nós: será que o índice “Dow Jones” vale mais do que os peixes, corais e recifes, algas, água verdejante do oceano, aves e pingüins? Nos anos 90, já fizera alertas de que flora e fauna marítima ( ...peixes, pássaros, mamíferos, répteis e anfíbios), estariam condenados a extinção, em caso de desastres com petróleo! Queria estar errado! Ser burro a ponto de não antever nada! Não pensar e pronto! Ser mais um exemplar da manada humana!

Porém, sem ser órfão da Mãe Natureza, em oráculos cósmicos, mesmo no meio da poeira, fuligem e fumaça nossa de cada dia, não consigo ver um futuro límpido para a humanidade. Conheço muitos espécimes humanóides ameaçados de extinção que,(... se tivessem oportunidade!), dariam ótimas idéias à Prêmios Nobel. Legítimos Professores Pardais!..., perdidos no cotidiano do planeta Terra, mas livres de serem condenados como gananciosos poluidores que nada fazem pela “vida do natureza” global e nem pela “natureza da vida” dos seres ameaçados!

Se observarmos os lucrativos demonstrativos de contas bancarias, muitos bancos econômicos precisam aprender a abrir as portas e cofres aos legítimos ecologistas que têm um “capital intelectual” (um valioso Banco Ecológico) aplicado em projetos ambientais de interesse local e global. Será que sem ecologia íntegra a economia do eco turismo terá sustentabilidade?

Na tentativa desesperada de soluções, usando diluentes da molécula de petróleo (... que são igualmente tóxicos à vida oceânica e perniciosos à cadeia alimentar) o crime vai culminar ampliando outros danos, comprometendo à própria sobrevivência humana. Que tipos de câncer vão advir? Que doenças metabólicas vão corromper as espécies marinhas sobreviventes? Em que laboratório de biotecnologia - em “science park” – podemos pesquisar e analisar tais implicações futuras? Lá no Canadá? Ou nos States?

A maneira catastrófica do vazamento, além de ser um filme de terror para a natureza, é uma tragicomédia que desafia a eco-tecnologia dos poderosos!

“The End” já está escrito! Somos meros personagens coadjuvantes de um filme que já tivemos vários “trailers”... mas, depois de tentarem de tudo, vamos lembrar que o “mar vai virar sertão” ( ...um deserto de vidas; numa salgada lixeira aquática fétida!) e o “sertão vai virar mar” (* levando a esperança dos nordestinos! )

Que destino! Mas os terráqueos não tem consciência de que é o Planeta Terra! Uma mera nave-casa-cósmica coletiva de seres viajantes... rumo a evolução espiritual de forma holística e ecumênica... reservada aos justos sobreviventes da apocalipse do petróleo!

Lembro a todos que a última coisa a ser lembrada,... deveria ter sido a primeira. Onde ficou a prática do “principio da precaução?”


Dr. Gilnei Fróes – Coordenador do projeto “SOS” Earth Planet







sábado, 15 de maio de 2010

SOS Planeta Terra




Ser brasileiro (ex-traficante de Pau Brasil) nos deixa sempre pensando! Há sempre algo de estranho esdrúxulo e preocupante no cotidiano, no ar. Sejam no trânsito, no supermercado, nas compras do shopping, no preço exorbitante das comunicações, e no monte de aberrações dos impostos, ou na falta de incentivos fiscais. Além das lógicas oportunidades (...que somem das mãos e olhos dos visionários cientistas, pesquisadores, projetistas e inventores que existem, mas não são vistos pelo Governo), parece que tudo tem que ser re-inventado. A “inovação da vida” depende da criatividade da “vida da inovação”!

Há projetos maravilhosos, científicos, de interesse social - ecológico- econômico perambulado por gavetas de gente que tem ouvidos mas não ouve; tem olhos e não vê; tem pernas mas não anda e, alem de cargos públicos e cérebro para fazer suas contas de somar; e desconhecem o mais elementar sentido de futurismo tecnológico, para multiplicar possibilidades da sociedade.

Às vezes concordo comigo mesmo que somos a “pátria do futuro”, mas logo acordo e penso que ninguém pensa pelo “futuro da pátria”. A salvação é individual! E o egoísmo predomina! E tudo continua!

Um dia destes, numa viagem me indagaram sobre curriculum! Disse que joguei no lixo! Pois todo portador de diploma universitário, que tenha coragem de bater numa porta de Governo (seja local, Estadual ou Federal) para oferecer uma participação de parceria, deveria ter – no mínimo – o respeito de ser recebido com educação e agradecimento. Pois, declaro que – mesmo com argumentos e lógica – sempre os autênticos cientistas parecem novos inteligentes vigaristas de filmes de Hollywood. Assim, usar óculos escuros é imperativo! E lembrar do gênio de Raul Seixas... diz tudo!

Via de regra, os olhares esbugalhados de indagação já faz com que se responda que em todo país há ilhas de desenvolvimento e os cientistas são náufragos que – mesmo “experts” em idéias raras – com igual certeza vão se afogar num mar de incompetências; por estafa de encontrar gente sem imaginação e conhecimento; por stress de ver tantos despreparados no poder; e que, por lógica do caminho da sobrevivência, vão abandonar o país, migrando para outros países que acordam para o garimpo eco-tecnológico.

Penso que o diploma de doutor é uma ferramenta, um instrumento de trabalho, uma chave para abertura de portas para as áreas de ciências, economia, ecologia, porém - na maioria dos casos – transforma-se em estranho e caríssimo objeto de decoração pendurado na parede de desempregados, subempregados e de tantos gênios perdidos. Esta “falta de ética” profissional com os que antevêem a miserabilidade de tudo num futuro que viveremos a absurda “ética da falta” de condições de sobrevivência humana, por falta de tudo!

É óbvio que vão faltar alimentos, habitações e condições ambientais! E as ruas serão fétidos depósitos lixos e de restos humanos, pois a saúde será privilégio de castas inteligentes. Assim, a incubação de um futuro ameaçador, faz-nos repensar que as profecias de Nostradamus eram uma simples redação do imaginário de um menino de escola de freiras. O céu vai apodrecer com os rios e choverá aves e pássaros. Os colapsos e crises globais trarão ameaças produtivas locais de terrível escala global. E aqueles que pensaram soluções eco-eficiente, certamente não terão florestas para se esconder, pois as mudanças climáticas as exterminarão, dentre os restos de restos que muitos ainda acham que não faz falta!

As estatísticas e os censos são conflitantes com a realidade e as necessidades do país. E o inchaço dos cursos universitários – em cursos sem padrão - faz pensar que seremos eternos dependentes de tudo que vir do exterior, inclusive alimentos. A falta de antevisão de C &T e inovações congêneres demonstram um integral desrespeito – além de falta de educação – para com os empresários que pensam e tentam fazer o melhor pela sociedade. Porém, quando as “leis da sobrevivência” calam a desordem social reinará em todo Planeta Terra, desafiando a “sobrevivência das leis” mais elementares da espécie humana.

A Europa, - com todas as virtudes culturais – enfrentará uma contagem regressiva por falta de água, alimentos e empregos, num revés econômico-ecológico sem precedentes! Os nossos alertas para ocorrência de desastres naturais - que há décadas sempre consideramos - foram contrariados, desconsiderados e a fome será uma estrada sem volta.

Mas vem ai, mais outro campeonato mundial. E a África precisa vencer! Estivemos com Guilherme Arantes que continua um compositor futurista: ...Terra, Planeta Água. E a sociedade não acorda de seu sonho consumista! Assim, aposto no meu Mapa da Devastação. Você dúvida?


Dr. Gilnei Fróes

quinta-feira, 15 de abril de 2010

“SOS” PLANETA ÍNDIO


Pouca gente sabe, porque, quem e onde foi instituído o “Dia do índio”. A primeira “Convenção Internacional de Pátzcuaro”, realizada no México (24/ 02/1940), efetivou uma real congregação de tribos de índios do continente, por realização do “Primeiro Congresso Indigenista Interamericano”, na missão de zelar pelos direitos dos indígenas das Américas.

O Brasil não aderiu imediatamente a instituição na data, porém a pedido e intervenção do Marechal Candido Rondon realizou a sua adesão ao pacto e instituiu o Dia do Índio. Assim, apenas em 1943, (em 19 de abril), foi promulgado pelo presidente Getúlio Vargas através do decreto-lei 5540, como uma forma de relembrar o encontro do dia histórico de 1940.

Na ocasião, ironicamente, os próprios índios boicotaram o evento, com medo que suas naturais reivindicações fossem reprimidas e castigadas pela "sociedade branca". Todavia, hoje, o Governo do Brasil até surpreende na facilitação e avanços da cooperação e execução de resoluções em prol dos povos da floresta.

Na época do evento, os governos ficaram responsáveis de coletar, organizar, ordenar e distribuir informações sobre as melhorias e desenvolvimento de Políticas Indigenistas. Assim, creio que houve prosperidade da jurisprudência, da legislação, do atendimento à saúde e melhoria socioeconômica dos diversos grupos indígenas.

Por outro lado, indigenistas ( exemplos como os irmãos Villas Boas e Darcy Ribeiro) auxiliaram no desenvolvimento de pesquisas, trabalhos, atendimentos para difusão dessa cultura que envolve uma série de fatores como música, arte, gastronomia, história, medicina, folclore, lendas, antropológicos, étnicos e o labor da sobrevivência diária das tribos.

Desta forma, foi possível uma gradativa evolução de conceitos para promoção, estimulo e preparação de técnicos (enfermeiros, doutores, indigenistas, pesquisadores) no atendimento das necessidades vitais essenciais e problemáticas das tribos. Por outro lado, tal ato facilitou o intercâmbio com outras instituições e pesquisadores de temáticas indigenistas, para preservação do seu conhecimento.

O status de emergência dos povos indígenas desobrigou os movimentos índigenas a reconsiderar a sua importância perante as diferenças étnico-culturais-raciais, postura essa que se preserva até nossos dias. Todavia, num olhar étnico, percebemos que a maioria dos países latinos tem uma origem genética de nações pré-colombinas (incas, maias,etc.) como legítimos herdeiros do continente.

Dentre os inúmeros avanços a “ONU” declarou 1993 como o “Ano Internacional dos Povos Indígenas”, preparando para a etapa subseqüente para a adoção da “Declaração Universal dos Direitos dos Povos Indígenas".

Assim, fica consagrado o direito coletivo dos povos indígenas de existir, viver, conviver no seio de suas nações, com máxima segurança e paz. Em nenhuma situação os povos indígenas podem ser privados de sua subsistência, tendo garantias de justa e equilibrada compensação pelos bens de que – por gerações – foram privados.

O mínimo direito que se pode direcionar ou determinar aos povos da floresta é tenham a liberdade de escolha. Que em parcerias ou associações possam integrar o planejamento (seja na programação dos projetos ecológicos, social-culturais e/ou econômicos), motivados por todos os avanços e inovações que queiram desenvolver em seu habitat, em suas próprias instituições e que, os governos dos países – conscientes - devem apoiar e garantir.

O projeto “SOS Planeta Terra” e a direção do “Instituto Bering Fróes Eco Global” consideram de vital importância a existência dos “Povos da Floresta” pela participação ativa na preservação da biodiversidade e integridade dos ecossistemas, num exemplo perfeito de sustentabilidade no seu habitat sagrado: as florestas.

DR. Gilnei Fróes – presidente do “Instituto Bering Fróes Eco Global”

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Dia da Terra




Como diz o gaúcho, “ala pucha tchê!” Qualquer idéia - de idealista - é um misto de teimosia com burrice! Pô! Passar 365 dias pensando verde – com projetos, idéias, discursos, artigos, entrevistas, reuniões na cabeça – é um desgaste de energia, igual ou pior do que psicografar um livro de um espírito. Ouvir besteiras nos jornais televisivos chega até ser divertido, pois um Festival de Besteiras que assola a humanidade invade nossas casas, gerando desilusões que são repartidas com amigos na web. Um palpite errado na mídia vale por mil teses científicas!

Ora, se o Dia da Terra é para sensibilizar a sociedade sobre todas as problemáticas ambientais, e se ter iniciativas técnico-científicas, onde prevalece o conhecimento? Porque as decisões são tomadas por analfabetos? Como se poderá falar em desenvolvimento sustentável, para o próprio político que permite a devastação das florestas e a contaminação dos rios e oceanos? Mas em que raio de país vivemos que não se respeita as leis, a constituição, os decretos ambientais? Que iniciativa será capaz de impedir ou inibir a degradação de nosso espaço existencial planetário? Fumaça e poeiras no ar; coliformes fecais e resíduos em rios e mar.

Pelo que eu sei no Dia da Terra, - dia 22 de abril – nenhuma manifestação concreta – seja social, cultural, cientifica ou política – demonstrará bom senso para a sustentabilidade da vida dos terráqueos e toda biodiversidade ameaçada que permeia o meio ambiente.

A verdade é que no Dia da Terra, poderá se falar mais, ler mais, escutar mais ou mesmo ver mais noticia de intenções – sejam práticas legais –de defesa melhoramento e preservação ambiental. Porém, no dia seguinte, ficaremos 365 dias lutando, escrevendo, argumentando para que – infelizmente – as questões ambientais globais... continuarão engavetadas, em latência e insolúveis.

Já que a sociedade não consegue se motivar e mobilizar durante o dia de aniversário do planeta, acreditaremos que se possa mudar alguma coisa – durante outros 364 dias? Quantas ações, orações, reflexões, projetos, planejamento eco eficiente que objetivem economizar água, energia, reciclar resíduos, evitar poluição da biosfera e mananciais, serão oportunizados ( aos cientistas, OSCIPs, Fundações, ONGs ambientais) por nossos governos? A sociedade permanecerá alheia, sem escolhas, nem visão tecnológica da própria salvação planetária?

Extra-oficialmente – cá entre nós – no dia 22 de abril, prometo que não vou fazer nada! Quero me desligar, meditar, descansar e reunir energias para viver outros 364 dias de persistência ou insistência nas trincheiras de argumentos ambientais (repensando a paz! Plutônio, bombas!) se realmente estamos num ano bissexto.

Dr. Gilnei Fróes

terça-feira, 6 de abril de 2010

domingo, 21 de março de 2010

O desenvolvimento econômico dos países está estreitamente associado ao aumento da demanda energética.



E o “sol” é uma gigantesca estrela – fogão – (que aquece e ilumina) nessa energia cósmica, todos os dias, todos os povos. A vida do planeta Terra depende da radiação solar. Porém, tal como no “Raio X” não conseguimos vê-la, com exceção na refração da luz solar no fenômeno do “arco-íris em dias de chuva. (O arco-íris surge quando a luz solar sofre refração nas gotículas de água suspensas no ar atmosférico)

Portanto, sem sol (...não ocorre a “fotossíntese”, que armazena energia nas folhas, frutos e raízes!), nem as roupas secarão no varal, nem as células fotovoltaicas armazenarão energia. A energia solar justifica a origem de outras fontes energéticas anteriores e atuais: carvão, petróleo, gás natural, que tiveram origem nas florestas e animais-pré-históricos milenarmente fossilizados.

A “energia” (nestes depósitos acumulados) foi proveniente de processo natural proveniente do sol, constituindo combustíveis fósseis que fazem carros circular, cozinhar alimentos, produção industrial e gerar eletricidade.

Em retrospectiva histórica e análise futurista, profetizo que todos os países precisam investir em fontes de produção alternativa de energia. Energia limpa! E as maiores países potencias econômicas serão os países que investirem numa “matriz energética” ecológica: o biocombustível.

Essa matriz perfeita já existe! Está sendo desenvolvida por um brasileiro-empresário, - nosso parceiro – ironicamente no Campus de uma Universidade na China.

Quando vejo a disputa pelos “royalties” do “pré-sal”, parece que se assemelha a uma disputa por uma enorme herança, deixada pelo cadáver energético do petróleo que, tal como o carvão, não servirá para nada na hora do colapso, (...no auge das crises energéticas planetárias). Não há previsão quando ocorrerá eco catástrofes! Nem outros desastres naturais ( terremotos, tsunamis, tufões, enchentes), imprevisíveis, porém a sociedade se baseia numa tecnologia... que só determina poluição global e extermínio dos recursos naturais.

Há inúmeros problemas associados à opção geração de energia hidrelétrica. Há falta de pesquisas ambientais e de estudos científicos mais objetivos e conclusivos sobre o impacto ambiental quantitativo determinado por uma usina de grande porte. Mas eles são inúmeros!

Também, o brusco alagamento de extensas áreas de florestas, tem influência direta nos níveis de CO2 e metano (CH4) lançado para a atmosfera local, interferindo em mudanças climáticas regionais.

Consideramos que há inúmeros impactos ambientais no represamento de rios. E que estão associados ao tamanho e volume do reservatório. Dentre eles: tempo de residência da água e localização geográfica, sendo os principais: inundação de áreas agricultáveis, impedimento à migração natural de peixes, perda de riqueza flori - faunística, mudanças na fauna e flora aquáticas, perda de paisagens de valor eco-turístico ( como 7 Quedas), além de mudanças no regime hidrológico, alterações no transporte de sedimentos, proliferação de vetores de doenças de veiculação hídrica, perda do patrimônio arqueológico-histórico-cultural,(de milenares Sítios Arqueológicos) além de efeitos sociais na emigração da população local, gerando mudanças nas atividades econômicas locais.

Tudo indica – seja na canção ou profecias - que “o sertão vai virar mar,... e o mar vai virar sertão!

Os meios de comunicação vêm demonstrando que, de nossa trincheira ambiental, promovendo um APAGÃO GLOBAL, com ONGs co-irmãs, nosso destino planetário comum... ameaçadíssimo, na realidade está por um fio! ... e, nessa missão de eco eficiência planetária... não estamos sós! (Veja lista na capa de: www.ibfecoglobal.org )

Nessa contagem regressiva, dia 27 de março de 2010, lembramos e pedimos que ( às 20,30 horas ) desligasse a energia. Ela será desligada (... por uma hora!) por nossa vontade! É uma simples ação de conscientização batizada de “HORA DO PLANETA”.

Mas, questionando – numa reflexão fraternal – como será,... quando se esgotarem as fontes energéticas à sociedade global? Voltaremos a usar velas, fifós, lamparinas, lampiões, fogueiras ou os velhos cata-ventos da fazenda de nossos antepassados?

A energia é uma expressão, - indissolúvel do desenvolvimento - que se encaixa em qualquer teoria econômica dos séculos XVIII ao XXI e dos próximos... e mais ainda na prática ecológica!


Gilnei Fróes

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Quem vai desaparecer?

Princípio da precaução





O princípio da prevenção aliado ao princípio da precaução, de uso em direito internacional, continuam esquecidos pelos governos. Estes valores são valiosos e aplicáveis ao meio ambiente e seus seres.

Não basta o extermínio da Mata Atlântica e consentirmos com o assassinato de seres e povos da floresta Amazônica, (...perdendo áreas florestais diariamente), de um ecossistema raro e rico em biodiversidade de valor biotecnológico e farmacêutico imensurável. E mais: propício ao retorno de bilhões de dólares ao PIB brasileiro, sob a forma de essências naturais e medicamentos.

Por outro lado, há pseudo cientistas retirando nomes de espécies ameaçadas de extinção, considerando a criação em cativeiro como salvação da floresta, e servindo de desculpas para permitir a construção de projetos mirabolantes de gigantescas de barragens hidrelétricas na Amazônia, como alternativa imprópria para geração de energia.

O incansável desmatamento da Amazônia, servindo para curral de gado, vai permitir a plantação de eucalipto (“pínus” dos pampas), transformando tudo num imenso “Deserto Verde”.

Ora, o eucalipto promove a espoliação de toda a água. Porém, o DNA dos pássaros e animais silvestres, já sabe ser impossível viver sem água. A água é vital para a sobrevivência humana (... e dos animais) bemcomo para a conservação do meio ambiente. Embora seja considerada um recurso renovável, mais de um (1,5 ) bilhão e meio de pessoas no planeta não têm acesso a água potável. Qual a formula global de disponibilizar água para todos os povos? Será que apenas uma mudança na educação e hábitos de consumo, pode melhorar a gestão e conservação deste valioso recurso hídrico?

Assim, com o crescimento da atividade humana, acelerando a superpopulação e conseqüente ampliação da degradação ambiental representa enormes alterações no meio ambiente natural, em rápido e curto período de tempo. A sociedade não se preparou nem tem mais tempo suficiente para se adaptarem a todos as alterações, (...poluição de rios e oceanos; efeito estufa; aquecimento global; tufões e tsunamis; chuvas e enchentes) além de todas as florestas com muitas espécies ameaçadas ou extintas.

As estatísticas são falhas e mentirosas! Cerca de um quarto de todos os mamíferos estão na Lista de Extinção. Cada gênero e espécie que se extingue, cada ecossistema que desaparece afetam – cada vez mais – as propriedades de funcionamento e a capacidade do planeta Terra lidar com novas mudanças.

As ameaças de alterações climáticas são irreversíveis. Todas as evidências científicas apontam para a conclusão de que medidas mais rigorosas e maiores reduções de emissões atmosféricas são - obrigatoriamente - necessárias para a atuação ao nível das alterações climáticas.

A sociedade Civil – infelizmente - continua indiferente ao esforço global de ONGs, (...sem recursos econômicos!) mas de profunda lógica ecológica. Só a participação ativa (coletiva e efetiva) e financeira da sociedade, acreditando nos cientistas ambientais sem rótulos, pode ser o passaporte eco-eficiente para busca de soluções para nosso futuro comum ameaçadíssimo!

Infelizmente, todos os rios correm para o mar! E a continuada deposição e descarga irresponsável e incontrolada de resíduos e esgotos das cidades tornam os oceanos e paisagens naturais em incontáveis lixeiras aquáticas em expansão. Uma autentica sopa de resíduos perigosos (metais pesados, petróleo) aceleram a morte das algas, recifes e seres marinhos. Exterminamos o que nada se conhece e domina!

A falta de inovação tecnológica consagra a irresponsabilidade política (...usando métodos errados!) de gestão de resíduos. Ademais comprovam ser, em termos de saúde humana e ambiental, fator de gastos econômicos e socialmente ineficaz.

A sociedade consente em varrer o lixo para debaixo do tapete e jogar o pinico de coliformes em águas puras... comprometendo também o futuro dos aqüíferos.

Sob a ótica e ética de precaução zero, permitindo meterem o pé no traseiro de cientistas ambientais, a sociedade está na contagem regressiva... rumo a eco apocalipse!

Dr. Gilnei Fróes

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Crime ambiental na Costa Rica



Coisas absurdas realmente acontecem. Como o que aconteceu na Costa Rica, por exemplo. Poderia ser ficção – de péssimo gosto – mas não é. A fim de ganhar dinheiro, pessoas inescrupulosas catam ovos de tartarugas para vender. É isso ai, amigo. Acreditem se quiser. Abaixo as fotos para convencê-los do tamanho da infâmia. Evidentemente que as pessoas que estão fazendo a “colheita” do “produto” ganharão uma ninharia. Fazem isso para fugir da miséria. Os principais responsáveis pela barbaridade não mostram a cara. Às sombras vivem e, certamente, nelas enriquecem.







E Assim caminha a humanidade!!!

Manoel Soares Magalhães

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010



SOS... cadê as árvores de Pelotas?




Por Gilnnei Fróes

A importância, o realismo – e o significado essencial da vida – ao se plantar árvores tem um imensurável poder universal de se RECRIAR VIDA em todos os países, em todas as raças, em todas as culturas e todas as sociedades do Planeta Terra.

Eis uma forma sagrada de UNIÃO E DEFESA dos indivíduos e dos povos. Homens, mulheres e crianças, precisam aprender, a reconhecer, - defendendo, plantando, conservando - que, no ato de semear, plantar árvores está parte das soluções para a crise (local e global) de poluição, de salvaguarda da biodiversidade e de conservação dos mananciais de água e da biodiversidade do meio ambiente no mundo.

As escolas, as universidades, as ONGs agem e ensinam que florestas fornecem não só proteção ao meio ambiente, mas também significantes opções de ganhos e sustentos globais para mais de um bilhão de habitante, seus vizinhos nas urbes e dependentes das florestas.

Árvores nos dão gratuitamente, em embalagem perfeita, uma série de alimentos e grande gama de produtos (madeira, frutas, sucos e bebidas, medicamentos) e serviços (seqüestro de carbono, sombra, urbanismo e ajardinamento, controle de erosão, preservação de mananciais de água, fertilidade do solo, móveis, casas).

É liquido e certo: sem árvores a vida humana e animal no planeta tornam-se insustentáveis, derivando para inviável e apocalíptico.

O coletivo de árvores, - florestas – assumem um importante papel cultural, social, espiritual e recreativo em muitas sociedades. Em alguns casos, elas são integralmente fundamentais para a forma, definição e sobrevivência dos povos indígenas e culturas tradicionais.

Florestas e árvores são simbolicamente importantes na maioria da história das religiões do mundo. Árvores simbolizam continuidade histórica, elas unem terra e céus e, em várias tradições, é moradia para bons e maus espíritos e para a alma dos ancestrais. Isto sem falar na árvore da vida.

Florestas exercem um importante papel oferecendo oportunidades de recreação e conforto espiritual nas sociedades modernas. Elas são poderosos símbolos universais, uma expressão física de vida, de crescimento e vigor à população urbana e rural. Produtos medicinais elaborados de (frutos, resinas, flores, sementes, cascas) ajudam na prevenção e cura de doenças, e aumentam fertilidade. Árvores ocupam posição de destaque em discussões de comunidades e casamentos. E em muitas sociedades, elas são plantadas no nascimento de crianças e em enterros.

De qualquer forma, plantar árvores é uma forma de renascimento de vida. E estas ações devem ser cultivadas em todas as escolas e lares. Diz um provérbio, que aprendi com gregos: "Uma sociedade cresce bem quando homens velhos plantam árvores das quais nunca aproveitarão as sombras."

Quem sabe a confraria dos amigos do “Café Aquário”, liderada pelo Dr. Humberto Satte Allan pode ficar imortalizada na cidade, dedicando horas- nos finais de semana – plantando algumas árvores em margens de rios? Eu também estarei presente! As mudas de árvores regionais ganharão de viveiros municipais ou de outros parceiros.

Pelotas é notória pela falta árvores e de matas ciliares. Os meus “Amigos de Pelotas” podem pensar em participar de nosso projeto “SOS” Planeta Terra? As árvores são as sementes do projeto “SOS”. Aliás, - como nós - crescem sós! E a sós florescem e vão parindo frutos que nos alimentam. Mas fabricam e nos dão o oxigênio grátis de cada dia. Sós, sempre sós, vão nascendo nas ruas e avenidas, nas praças, parques e jardins; e mais sós nos pátios de nossas casas. Vivem sós nas planícies, montanhas, florestas tropicais ou com neve absoluta. E crescem para despertar nossa autoconsciência, anestesiada no cotidiano de poluição, degradação... sempre crescentes!

Os avanços da tecnologia vão ajudar! Mas sem árvores nada sobreviverá. A propósito, quem replantará os Ipês Roxo da Rua Osório? Ou, esperaremos que no futuro algum “robô” governante provará que (...com aplicação de C&TI e Gestão Ambiental) a inteligência artificial será superior à natural?

Assim, conversando, - à beira de algum rio da cidade - lembraremos nomes de alguns amigos que já viajaram para a eternidade espiritual... que também um dia nos aguarda.

Mas, com certeza, as árvores ficarão!

sábado, 23 de janeiro de 2010

Carta Aberta ao Deputado Fernando Marroni





Pelotas, 23 de janeiro de 2010.


Prezado Deputado Fernando Marroni,


Ao cumprimentá-lo, informo-lhe que recentemente tomei ciência de que lhe coube a relatoria do Projeto de Lei nº 5.956/2009, por meio do qual se pretende proibir o abate de Chinchilas para o comércio de peles no Brasil. Por conta do meu especial interesse em assuntos referentes à condição dos animais em geral, dirijo-me ao senhor por meio desta carta aberta – da qual foram já distribuídas cópias às entidades engajadas na tutela dos animais, bem como a certos veículos de comunicação e imprensa em cuja pauta são contempladas semelhantes intenções.

Sabe-se, e tão bem referiu o seu autor, Sr. Ricardo Tripoli (PMDB), que a questão que se coloca neste projeto de lei está acima dos interesses comerciais. De fato, há que se lembrar que nossa ordem constitucional infunde, e não por simples exortação, que se dê a devida atenção à dignidade dos animais. Todavia, por razões que chegam a rivalizar com a omissão e a incúria, pouco se fez em prol de cumprir a constituição nesse tópico. Diga-se, caro parlamentar, sem favores ou exageros, que o âmbito legislativo ordinário tem se portado como um autêntico carrasco quanto ao modo de se endereçar aos animais!

É por isso que chamo atenção para a dileta tarefa que lhe compete. Ainda que um parecer, dada a sua natureza, não seja vinculante, conhece-se a força que as palavras do relator exercem em uma comissão de mérito. Neste caso em particular, vislumbra-se um momento histórico, de vocação fundadora, a cujo advento se poderá – e deverá - seguir um processo de justiça restitutiva: pressente-se que a proibição do abate de chinchilas para o comércio de peles abre portas para devolver aos animais certos direitos dos quais, nas palavras do célebre filósofo Jeremy Bentham, jamais poderiam ter sido privados, a não ser pela mão da tirania.

Perceba-se, deputado, que, a bem da verdade, a iniciativa do seu colega Congressista, Dep. Tripoli, não surge isolada. Ainda que as ignore, há muitas escolas filosóficas e jurídicas de vanguarda a guarnecerem as razões sustentadas no PL nº 5.596/2009. Tanto é assim que, da academia para o quotidiano nas ruas, já há milhares de cidadãos comuns que aderiram à concepção de que os animais estão longe de meramente representarem instrumentos para a satisfação de gostos, desejos e hábitos humanos. Hábitos cuja frivolidade episodicamente estampada já é capaz de arrecadar repúdio unânime e veemente. Não é certo que há tecnologias bastantes que permitem gozar da completa possibilidade de abrir mão do expediente cruel e sangrento de arrancar a pele de animais para confecção de roupas? Com o devido acatamento, não posse deixar de referir que a sonegação desta realidade soa, não só a mim, mas para multidões, como sinônimo de mesquinhez.

Antes de finalizar, e para tranqüilizar o espírito que a esta altura se pergunta sobre o porquê de tanto esmero em benefício dos animais enquanto as mazelas humanas são tantas e tão caras, replico: já é hora de desempenhar em nome dos animais um primeiro favor – que nem é digno do nome “sacrifício”. Estaremos assim cumprindo a constituição, que, por mais humanista que o seja, não se preocupou em assinar aos nossos parlamentares um regime de prioridades. Aliás, do modo com vêm sendo usadas, as tais priorizações somente fazem atrasar a estipulação da garantia de um mínimo-vital que a humanidade deve aos animais, sem com isso garantir aos homens uma vida absolutamente plena. Ou seja, estas são lutas que se complementam, e em nada se perturbam.

Espero, prezado deputado Fernando Marroni, que minhas palavras tenham contribuído para a assimilação da magnitude do seu trabalho de relator, e, mais, que se somem às vozes dos que hão de lhe convencer da necessidade de aprovar, sem ressalvas, o texto do Projeto de Lei nº 5.956/2009.

Respeitosamente,

Anderson Reichow

Membro-Fundador do DDA – Pelotas

Defensores dos Direitos Animais


http://www.ddapelotas.blogspot.com

SOS... amostra do CAOS





Por Gilnei Fróes

As palavras chaves e essenciais para devastação planetária são: poluição e degradação locais; falta de educação ambiental; irrestrita ausência de comprometimento da sociedade com a ética ambiental global.

Como vamos aliar políticas publicas & conscientização? Como as ONGs - sem recursos - vão angariar a participação ativa da sociedade? Para que a ciência e tecnologia são reféns das (in)decisões políticas? Como obter um engajamento e comprometimento da humanidade, enfim, somando esforços em prol da tentativa de salvação do Planeta Terra?

Com ecossistemas doentes; com seres e habitat agonizando; populações em total sofrimento (...por falta de água e alimentos) por doenças de fácil prevenção; ...como buscar idéias & projetos para construção de dias melhores? Precisamos que toda esta (DES)Ordem Social desmorone para reconstrução ambiental planetária?

Com milhares de aspectos destrutivos, todos os mecanismos de equilíbrio do Planeta Terra, permanecem alterados. Indefesa, a Terra não tem forcas para reação e parece não conseguir resistir aos incansáveis saques e incontáveis ataques dos seres humanos. São florestas, rios, oceanos e seus seres que são assaltados diuturnamente. Espoliação continua dos recursos naturais – fonte de vida - num processo de crucificação perene da Natureza.

Impera a total falta de comprometimento com a vida. O poder da Economia impondo uma apropriação dos recursos naturais da Ecologia apoderada e globalizada, aliados a visão cartesiana, reducionista e simplista impõe um processo irreversível e mais do que macabro de destruição de ecossistemas.

A humanidade – na busca do lucro - rendeu-se hoje pela caça desenfreada das fortunas pessoais contrariando as riquezas coletivas. Inexiste preocupação com o amanhã. Vive-se como se não existisse a dúvida, a incerteza ou o fardo e pesadelo do amanha. A sociedade – egoisticamente - busca enriquecer, acumular lucros, expandir divisas, ter fundos e ações, querendo sempre mais! ... numa espoliação dos recursos naturais

Por maquinações de governos maquiavélicos acentuam e fabricam as desigualdades sociais. A concentração de riqueza na mão de poucos (... afora espertezas!) determinam a falência e exploração de toda sociedade.

Mas estamos na era do tempo não tempo. Tempos de desordem ambiental e social; caos de energia ameaçando a humanidade; o câncer no esôfago, no pulmão, na pele pelo errado estilo de vida; catarata em índices elevados e assustadores! Danos na camada de ozônio explicam as leis de causa e efeito na vida de toda sociedade. Tempos de esfriamento e superaquecimento global: efeito estufa.

Milenares vulcões que acordam – em erupção - no meio da noite, dizimando populações. Chuvas, enchentes e desmoronamento nas metrópoles. Tufões & furacões imprevisíveis. Tsunamis, em paraísos ecológicos, devastam tudo em instantes. Ilhas e países que vão sumir nos oceanos. Ilhas que vão surgir no mapa da devastação.

Assim, ficaremos inertes, paralisados e, - alienados – sem obrigação de escolhas? Mas essa falta de opção – nesta criminosa omissão – não é uma postura anti-natureza? Ficaremos inertes – paralisados – perante a degradação ambiental, numa cômoda demonstração da falta de escolha pela preservação?

Então, nos dias atuais, - com informações em todos os meios de comunicação - a omissão da sociedade é uma postura inaceitável? Quando a sociedade alcançará um estágio de lógica conscientização & comprometimento com a preservação global? O Haiti não é um exemplo a ser considerado? Uma amostra de caos ambiental?

Precisamos atingir índices intoleráveis, situações incontornáveis, riscos de colapsos e crises, obter resultados funestos para a imposição de normas ambientais de impactos econômicos às empresas poluidoras? ... e admitir erros coletivos por eleição de políticos despreparados?

Guerras por petróleo ou por ideologias. Guerras por espaço, água e alimentos serão ferramentas das desavenças eco sociais? A explosão populacional - aliado à ganância e ignorância e inoperância da gestão pública -, está desfiando a teia da vida planetária?

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

SOS... inteliciencia





Por Gilnei Fróes


A ”inteliciencia” é uma palavra de nossa criação, fruto da conjugação da inteligência. Uma vez na vida a usei pedindo o poder da “persistência (... e correta!) para jamais desistir,... apesar da vontade de chutar o balde! ... e ficar de boca calada e mente desligada! Bilhões de seres são assim! Roboticamente concordinos - sem opinião - vivendo por viver.

Desde a “gênese” há uma arqui-engenharia invisível de projeto planetário que o “bicho-homem” não entende... e tampouco atende! Os mecanismos naturais mais perfeitos funcionavam bem, até que o “homem-bicho” foi lapidando ferramentas para a sobrevivência e descoberta do “Poder”.

A ”Terra” é uma base planetária isolada num canto do universo. Somos visitados por povos de outras galáxias... sim! E agora há riscos desastrosos que a perspectiva cósmica comprometa os ciclos da existência de toda biodiversidade, por ecocídio de toda Natureza.

A continuidade da existência planetária e de seus seres é uma alquimia duvidosa. O "poder da ignorância" é gemelar da "ignorância do poder". E assim, travestidos de orientadores e governantes, o império ecológico do desgoverno da natureza... dominará o “status” do maior império econômico dos governos anti-natureza. Não há alternativas! Nem tratados, acordos ou declarações internacionais, mudarão a realidade eco-escravagista do Planeta Terra, sujeito às correntes (... ou grilhões!) da Economia.

Não atender as “necessidades do universo” simplesmente corresponde na criação de um “universo de necessidades” pelo rompimento do equilíbrio – irreparável – da Mãe-Natureza. A “matéria-prima do poder” político jamais transformará o ecológico “poder da matéria-prima” da Natureza... sem efeitos funestos!

Quando falo sobre um “manual de sobrevivência”, lembrando que a civilização voltará à “sobrevivência manual”, lembro que a palavra sobrevivência já esconde todos os processos, sistemas, mecanismos, objetos, princípios, utensílios, instrumentos da conquista humana, para defesa, preservação, manutenção e continuidade da vida terrestre.

Toda base de sustentação planetária – que nos mantém, sustenta e vivifica-nos – provém da base primordial do mundo vegetal. Não precisamos ser vegetarianos para entender que sem pasto, ração, (feno/ silo) não há filé “mignon”. Sem algas, plânctons e oceano limpo, não há crustáceos, moluscos, peixes que são alimentos de primeira linha... na cadeia alimentar.

Por isso, a falta de plantas e de uso da “inteliciência” – base da sustentação planetária – que movimentam os seres viventes precisa do mundo vegetal ativo, vivo, intacto. As plantas são indicativos valiosos da matéria-prima do desenvolvimento humano. Porém, também poderá ser o fim da raça humana. Pensem!

No caminho do viajante cósmico, a palavra “evolução” sugere organização e reflexão, coisas distantes do cotidiano das pessoas... infelizmente!

Imagine bilhões de seres humanos viajantes cósmicos – perdidos - sem suprimentos nem energia, sem medicamentos nem doutores, sem conhecimento nem cientistas, - literalmente perdidos – trafegando na contramão da estrada cósmica, sem alertas, sem saber sinais vitais, sem referencias e experiências, sem avisos prévios, sem pistas para prosseguir? A idéia, de qualquer perdido não é a de voltar ao ponto de saída? Se re-encontrar? Mas sem suprimentos nem medicamentos, sem roupas especiais, sem água, sem prevenção de futuro, o que fará a manada humana?

Infelizmente a competição humana não permite mais a correção da rota planetária . O valor do conhecimento não e conhecimento de valor para a sociedade.

Então o mais correto não é voltar ao ponto de partida? A Era das Cavernas! E pra la que nos vamos!... rapidinho! Ha uma sirene tocando. Meu "NO BREAK" alerta que acabou a energia. Teremos mais algumas dezenas dias de  conforto, luz e segurança. E a ultima garrafa de água gelada, pois o gerador tem combustível para poucas horas..., será degustada como essencia divina.

Depois,... queimaremos nossa árvores...nossos livros... e seja o que Deus quiser!

Vale lembrar "Raul Seixas" que disse: "Faze o que queres, pois tudo e da Lei".

Sem defesa, no além transmito que a "natureza da vida" precisa da "vida da natureza". Tudo tem um resgate. E tudo tem o preço. A modernidade dos lixos, os avanços dos resíduos da tecnologia, a poluição com novas e velhas drogas nos esgotos, rios e oceanos, matam todas as possibilidades de vida futura.

Correção de rota





Por Gilnei Fróes


Vivo criticando os que falam de ciência, mas dela nada entendem! Há um mar de ignorância, que apenas jogam palavras aos quatro ventos, ampliando a confusão na busca de soluções para os desafios ambientais global. Em tudo que envolve os seres humanos,... há divergências! A divergência é a única certeza planetária. Guerras, fome, miséria, morte... são imagens dos Cavaleiros do Apocalipse.

Para os que vivem criando confusão sobre a “ciência do clima”, desconhecem os bastidores do “clima da ciência” que vive imersa na confusão de teorias, teses, pesquisas, estudos, ( além de falta de apoio e recur$$os) num espectro de divergência por intere$$es. Há cientistas de humilde raciocínio que contrariam arrogantes cientistas de instituições que se julgam soberanas nas decisões e argumentações. Bilhões de dólares se esvaíram por ralos de pseudo-pesquisas, que nada produziram de C&TI para a comunidade internacional.

Como que ainda discutem (... e não comprovaram nada!) se há influência do CO2 no clima? Por que as provas científicas são um mistério? Por que nada conseguiram? Assim, com o futuro do planeta Terra nas mãos de um bando de arrogantes de gravata borboleta, atrasa os destinos da sobrevivência humana e não dão respostas às perguntas inquietantes que sempre fazemos!

Como todos os vaidosos acadêmicos, não aceitam opiniões nem críticas dos ambientalistas, mais especialistas nascem para derrubar falsos argumentos de doutores e mil “Phdeuses” que insistem que o aumento da temperatura e degelos do planeta, além do frio excessivo, são cíclicos... e pronto! Ainda alegam que a industrialização com a massiva expulsão de poeiras, pós, radiações, fuligens, poluindo a biosfera não interfere no clima planetário. Ora bolas! Sem floresta, sem chuvas, sem o vapor d’água, - expostos ao sol ardente – teremos chances de sobreviver?

Se insistirem que teses absurdas e anti-cientificas me transformam em eco terrorista, creiam agorinha mesmo... estou me transformando num!

Toda literatura eco apocalíptica nos foi socada pelos ouvidos e goela abaixo nas escolas, onde a história da tradição judaico-cristão-islâmico, impôs crenças como a ressurreição dos mortos, o dia do Juízo Final, o palco do céu, e o calor do inferno e outros descaminhos menos explícitos.

Mas ninguém falava que o tal homem civilizado era o próprio demônio selvagem que destruía – todos os santos dias – todos os ecossistemas do planeta Terra. Rios, oceanos, florestas!

Se fossemos ancestrais dos macacos, certamente não agiríamos assim, pois os macacos adoram florestas! Sabem que dependem delas! Só a raça humana não aprendeu esta lição! Todavia, o fatalismo da “Apocalipse” nos impõe uma bélica destruição... que não precisaria acontecer! Guerras por Água!

Onde está a tal inteligência superior da criatura humana? Na criação do submarino? Do avião? Do telegrafo, fax e internet? Mas porque a sociedade humana não funciona com perfeição, como a vida coletiva das abelhas?

Será que o CO2 será o culpado? As radiações cósmicas e solares? E as radiações dos Raios “Múons” que chegam às nuvens e alteram o clima e o tempo, ficarão engavetadas e esquecidas? Onde fica a falta de Educação e conscientização ambiental?

Será que os extraterrestres vão nos resgatar?... em meio à tanta pobreza de espírito científico? Para que vão querer a companhia de um ser tão destrutivo? Além de ser desunido ... e burro!

Sinceramente! Quando esfriar tome um conhaque! E pense que quase rima com Copenhagen! Como médico veterinário - após ver estes espécimes do apocalipse -aposto que a raça humana perde todas as corridas pela sobrevivência pela falta de jóqueis com conhecimento de ciência... no Poder.

domingo, 10 de janeiro de 2010




Embora seja imensamente conhecida na rede, sempre vale a pena reler as palavras do  cacique Seattle, da tribo Suquamish, do Estado de Washington, através de carta enviada ao presidente dos EUA Francis Pierce, em 1855.

A carta:

"Como podeis comprar ou vender o céu, a tepidez do chão? A idéia não tem sentido para nós.

Se não possuímos o frescor do ar ou o brilho da água, como podeis querer comprá-los? Qualquer parte desta terra é sagrada para meu povo. Qualquer folha de pinheiro, qualquer praia, a neblina dos bosques sombrios, o brilhante e zumbidor inseto, tudo é sagrado na memória e na experiência de meu povo. A seiva que percorre o interior das árvores leva em si as memórias do homem vermelho.

Os mortos do homem branco esquecem a terra de seu nascimento, quando vão pervagar entre as estrelas. Nossos mortos jamais esquecem esta terra maravilhosa, pois ela é a mãe do homem vermelho. Somos parte da terra e ela é parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs, os gamos, os cavalos a majestosa águia, todos nossos irmãos. Os picos rochosos, a fragrância dos bosques, a energia vital do pônei e do homem, tudo pertence a uma só família.

Assim, quando o grande chefe em Washington manda dizer que deseja comprar nossas terras, ele está pedindo muito de nós. O grande Chefe manda dizer que nos reservará um sítio onde possamos viver confortavelmente por nós mesmos. Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos. Se é assim, vamos considerar a sua proposta sobre a compra de nossa terra. Mas tal compra não será fácil, já que esta terra é sagrada para nós.

A límpida água que percorre os regatos e rios não é apenas água, mas o sangue de nossos ancestrais. Se vos vendermos a terra, tereis de lembrar a nossos filhos que ela é sagrada, e que qualquer reflexo espectral sobre a superfície dos lagos evoca eventos e fases da vida do meu povo. O marulhar das águas é a voz dos nossos ancestrais.

Os rios são nossos irmãos, eles nos saciam a sede. Levam as nossas canoas e alimentam nossas crianças. Se vendermos nossa terra a vós, deveis vos lembrar e ensinar a nossas crianças que os rios são nossos irmãos, vossos irmãos também, e deveis a partir de então dispensar aos rios a mesma espécie de afeição que dispensais a um irmão.

Nós mesmos sabemos que o homem branco não entende nosso modo de ser. Para ele um pedaço de terra não se distingue de outro qualquer, pois é um estranho que vem de noite e rouba da terra tudo de que precisa. A terra não é sua irmã, mas sua inimiga, depois que a submete a si, que a conquista, ele vai embora, à procura de outro lugar. Deixa atrás de si a sepultura de seus pais e não se importa. A cova de seus pais é a herança de seus filhos, ele os esquece. Trata a sua mãe, a terra, e seus irmãos, o céu como coisas a serrem comprados ou roubados, como se fossem peles de carneiro ou brilhantes contas sem valor. Seu apetite vai exaurir a terra, deixando atrás de si só desertos. Isso eu não compreendo. Nosso modo de ser é completamente diferente do vosso. A visão de vossas cidades faz doer aos olhos do homem vermelho.

Talvez seja porque o homem vermelho é um selvagem e como tal, nada possa compreender.

Nas cidades do homem branco não há um só lugar onde haja silêncio, paz. Um só lugar onde ouvir o farfalhar das folhas na primavera, o zunir das asas de um inseto. Talvez seja porque sou um selvagem e não possa compreender.

O barulho serve apenas para insultar os ouvidos. E que vida é essa onde o homem não pode ouvir o pio solitário da coruja ou o coaxar das rãs à margem dos charcos à noite? O índio prefere o suave sussurrar do vento esfrolando a superfície das águas do lago, ou a fragrância da brisa, purificada pela chuva do meio-dia ou aromatizada pelo perfume dos pinhos.

O ar é precioso para o homem vermelho, pois dele todos se alimentam. Os animais, as árvores, o homem, todos respiram o mesmo ar. O homem branco parece não se importar com o ar que respira. Como um cadáver em decomposição, ele é insensível ao mau cheiro. Mas se vos vendermos nossa terra, deveis vos lembrar que o ar é precioso para nós, que o ar insufla seu espírito em todas as coisas que dele vivem. O ar que vossos avós inspiraram ao primeiro vagido foi o mesmo que lhes recebeu o último suspiro.

Se vendermos nossa terra a vós, deveis conservá-la à parte, como sagrada, como um lugar onde mesmo um homem branco possa ir sorver a brisa aromatizada pelas flores dos bosques.

Assim consideraremos vossa proposta de comprar nossa terra. Se nos decidirmos a aceitá-la, farei uma condição: O homem branco terá que tratar os animais desta terra como se fossem seus irmãos.

Sou um selvagem e não compreendo de outro modo. Tenho visto milhares de búfalos a apodrecerem nas pradarias, deixados pelo homem branco que neles atira de um trem em movimento.

Sou um selvagem e não compreendo como o fumegante cavalo de ferro possa ser mais importante que o búfalo, que nós caçamos apenas para nos mantermos vivos.

Que será dos homens sem os animais? Se todos os animais desaparecem, o homem morreria de solidão espiritual. Porque tudo isso pode cada vez mais afetar os homens. Tudo está encaminhado.

Deveis ensinar a vossos filhos que o chão onde pisam simboliza a as cinzas de nossos ancestrais. Para que eles respeitem a terra, ensinai a eles que ela é rica pela vida dos seres de todas as espécies. Ensinai a eles o que ensinamos aos nossos: Que a terra é a nossa mãe. Quando o homem cospe sobre a terra, está cuspindo sobre si mesmo. De uma coisa nós temos certeza: A terra não pertence ao homem branco; O homem branco é que pertence à terra. Disso nós temos certeza. Todas as coisas estão relacionadas como o sangue que une uma família. Tudo está associado. O que fere a terra fere também aos filhos da terra.

O homem não tece a teia da vida: É antes um dos seus fios. O que quer que faça a essa teia, faz a si próprio.

Mesmo o homem branco, a quem Deus acompanha e com quem conversa como um amigo, não pode fugir a esse destino comum. Talvez, apesar de tudo, sejamos todos irmãos.

Nós o veremos. De uma coisa sabemos, é que talvez o homem branco venha a descobrir um dia: Nosso Deus é o mesmo deus.

Podeis pensar hoje que somente vós o possuis, como desejais possuir a terra, mas não podeis. Ele é o Deus do homem e sua compaixão é igual tanto para o homem branco, quanto para o homem vermelho.

Esta terra é querida dele, e ofender a terra é insultar o seu criador. Os brancos também passarão talvez mais cedo do que todas as outras tribos. Contaminai a vossa cama, e vos sufocareis numa noite no meio de vossos próprios excrementos.

Mas no nosso parecer, brilhareis alto, iluminado pela força do Deus que vos trouxe a esta terra e por algum favor especial vos outorgou domínio sobre ela e sobre o homem vermelho. Este destino é um mistério para nós, pois não compreendemos como será no dia em que o último búfalo for dizimado, os cavalos selvagens domesticados, os secretos recantos das florestas invadidos pelo odor do suor de muitos homens e a visão das brilhantes colinas bloqueada por fios falantes.

Onde está o matagal? Desapareceu. Onde está a águia? Desapareceu. O fim do viver e o início do sobreviver."

Extraído de: http://www.culturabrasil.pro.br/cartaindio.htm