segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Princípio da precaução





O princípio da prevenção aliado ao princípio da precaução, de uso em direito internacional, continuam esquecidos pelos governos. Estes valores são valiosos e aplicáveis ao meio ambiente e seus seres.

Não basta o extermínio da Mata Atlântica e consentirmos com o assassinato de seres e povos da floresta Amazônica, (...perdendo áreas florestais diariamente), de um ecossistema raro e rico em biodiversidade de valor biotecnológico e farmacêutico imensurável. E mais: propício ao retorno de bilhões de dólares ao PIB brasileiro, sob a forma de essências naturais e medicamentos.

Por outro lado, há pseudo cientistas retirando nomes de espécies ameaçadas de extinção, considerando a criação em cativeiro como salvação da floresta, e servindo de desculpas para permitir a construção de projetos mirabolantes de gigantescas de barragens hidrelétricas na Amazônia, como alternativa imprópria para geração de energia.

O incansável desmatamento da Amazônia, servindo para curral de gado, vai permitir a plantação de eucalipto (“pínus” dos pampas), transformando tudo num imenso “Deserto Verde”.

Ora, o eucalipto promove a espoliação de toda a água. Porém, o DNA dos pássaros e animais silvestres, já sabe ser impossível viver sem água. A água é vital para a sobrevivência humana (... e dos animais) bemcomo para a conservação do meio ambiente. Embora seja considerada um recurso renovável, mais de um (1,5 ) bilhão e meio de pessoas no planeta não têm acesso a água potável. Qual a formula global de disponibilizar água para todos os povos? Será que apenas uma mudança na educação e hábitos de consumo, pode melhorar a gestão e conservação deste valioso recurso hídrico?

Assim, com o crescimento da atividade humana, acelerando a superpopulação e conseqüente ampliação da degradação ambiental representa enormes alterações no meio ambiente natural, em rápido e curto período de tempo. A sociedade não se preparou nem tem mais tempo suficiente para se adaptarem a todos as alterações, (...poluição de rios e oceanos; efeito estufa; aquecimento global; tufões e tsunamis; chuvas e enchentes) além de todas as florestas com muitas espécies ameaçadas ou extintas.

As estatísticas são falhas e mentirosas! Cerca de um quarto de todos os mamíferos estão na Lista de Extinção. Cada gênero e espécie que se extingue, cada ecossistema que desaparece afetam – cada vez mais – as propriedades de funcionamento e a capacidade do planeta Terra lidar com novas mudanças.

As ameaças de alterações climáticas são irreversíveis. Todas as evidências científicas apontam para a conclusão de que medidas mais rigorosas e maiores reduções de emissões atmosféricas são - obrigatoriamente - necessárias para a atuação ao nível das alterações climáticas.

A sociedade Civil – infelizmente - continua indiferente ao esforço global de ONGs, (...sem recursos econômicos!) mas de profunda lógica ecológica. Só a participação ativa (coletiva e efetiva) e financeira da sociedade, acreditando nos cientistas ambientais sem rótulos, pode ser o passaporte eco-eficiente para busca de soluções para nosso futuro comum ameaçadíssimo!

Infelizmente, todos os rios correm para o mar! E a continuada deposição e descarga irresponsável e incontrolada de resíduos e esgotos das cidades tornam os oceanos e paisagens naturais em incontáveis lixeiras aquáticas em expansão. Uma autentica sopa de resíduos perigosos (metais pesados, petróleo) aceleram a morte das algas, recifes e seres marinhos. Exterminamos o que nada se conhece e domina!

A falta de inovação tecnológica consagra a irresponsabilidade política (...usando métodos errados!) de gestão de resíduos. Ademais comprovam ser, em termos de saúde humana e ambiental, fator de gastos econômicos e socialmente ineficaz.

A sociedade consente em varrer o lixo para debaixo do tapete e jogar o pinico de coliformes em águas puras... comprometendo também o futuro dos aqüíferos.

Sob a ótica e ética de precaução zero, permitindo meterem o pé no traseiro de cientistas ambientais, a sociedade está na contagem regressiva... rumo a eco apocalipse!

Dr. Gilnei Fróes

2 comentários:

  1. Emocionante.

    Eu costumava dizer que as pessoas não têm consciência. Hoje vejo que é muito mais que isso, as pessoas não têm amor, por que se tivessem, existiria uma atitude muito maior de preservação.

    Amor pela nossa casa Terra, pela natureza, pelos animais, que nos dão tantas enormes lições de vida, de solidariedade, de amizade... amor por nossa cidade, tão rica em beleza e cultura e tão pouco valorizada, amor pelo ser humano, pela vida...

    Precisamos despertar, descortinar os sinais que a natureza está emitindo, pois como o vídeo nos diz, nós somos um. A atitude de um, reflete em todo o resto.

    Abraços, bom trabalho!

    Manu

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  2. Lamentável tanta mentira, tanta falta de consideração...!
    Parabéns pela excelente matéria!
    Bj, Tê!

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