sábado, 23 de janeiro de 2010

Carta Aberta ao Deputado Fernando Marroni





Pelotas, 23 de janeiro de 2010.


Prezado Deputado Fernando Marroni,


Ao cumprimentá-lo, informo-lhe que recentemente tomei ciência de que lhe coube a relatoria do Projeto de Lei nº 5.956/2009, por meio do qual se pretende proibir o abate de Chinchilas para o comércio de peles no Brasil. Por conta do meu especial interesse em assuntos referentes à condição dos animais em geral, dirijo-me ao senhor por meio desta carta aberta – da qual foram já distribuídas cópias às entidades engajadas na tutela dos animais, bem como a certos veículos de comunicação e imprensa em cuja pauta são contempladas semelhantes intenções.

Sabe-se, e tão bem referiu o seu autor, Sr. Ricardo Tripoli (PMDB), que a questão que se coloca neste projeto de lei está acima dos interesses comerciais. De fato, há que se lembrar que nossa ordem constitucional infunde, e não por simples exortação, que se dê a devida atenção à dignidade dos animais. Todavia, por razões que chegam a rivalizar com a omissão e a incúria, pouco se fez em prol de cumprir a constituição nesse tópico. Diga-se, caro parlamentar, sem favores ou exageros, que o âmbito legislativo ordinário tem se portado como um autêntico carrasco quanto ao modo de se endereçar aos animais!

É por isso que chamo atenção para a dileta tarefa que lhe compete. Ainda que um parecer, dada a sua natureza, não seja vinculante, conhece-se a força que as palavras do relator exercem em uma comissão de mérito. Neste caso em particular, vislumbra-se um momento histórico, de vocação fundadora, a cujo advento se poderá – e deverá - seguir um processo de justiça restitutiva: pressente-se que a proibição do abate de chinchilas para o comércio de peles abre portas para devolver aos animais certos direitos dos quais, nas palavras do célebre filósofo Jeremy Bentham, jamais poderiam ter sido privados, a não ser pela mão da tirania.

Perceba-se, deputado, que, a bem da verdade, a iniciativa do seu colega Congressista, Dep. Tripoli, não surge isolada. Ainda que as ignore, há muitas escolas filosóficas e jurídicas de vanguarda a guarnecerem as razões sustentadas no PL nº 5.596/2009. Tanto é assim que, da academia para o quotidiano nas ruas, já há milhares de cidadãos comuns que aderiram à concepção de que os animais estão longe de meramente representarem instrumentos para a satisfação de gostos, desejos e hábitos humanos. Hábitos cuja frivolidade episodicamente estampada já é capaz de arrecadar repúdio unânime e veemente. Não é certo que há tecnologias bastantes que permitem gozar da completa possibilidade de abrir mão do expediente cruel e sangrento de arrancar a pele de animais para confecção de roupas? Com o devido acatamento, não posse deixar de referir que a sonegação desta realidade soa, não só a mim, mas para multidões, como sinônimo de mesquinhez.

Antes de finalizar, e para tranqüilizar o espírito que a esta altura se pergunta sobre o porquê de tanto esmero em benefício dos animais enquanto as mazelas humanas são tantas e tão caras, replico: já é hora de desempenhar em nome dos animais um primeiro favor – que nem é digno do nome “sacrifício”. Estaremos assim cumprindo a constituição, que, por mais humanista que o seja, não se preocupou em assinar aos nossos parlamentares um regime de prioridades. Aliás, do modo com vêm sendo usadas, as tais priorizações somente fazem atrasar a estipulação da garantia de um mínimo-vital que a humanidade deve aos animais, sem com isso garantir aos homens uma vida absolutamente plena. Ou seja, estas são lutas que se complementam, e em nada se perturbam.

Espero, prezado deputado Fernando Marroni, que minhas palavras tenham contribuído para a assimilação da magnitude do seu trabalho de relator, e, mais, que se somem às vozes dos que hão de lhe convencer da necessidade de aprovar, sem ressalvas, o texto do Projeto de Lei nº 5.956/2009.

Respeitosamente,

Anderson Reichow

Membro-Fundador do DDA – Pelotas

Defensores dos Direitos Animais


http://www.ddapelotas.blogspot.com

SOS... amostra do CAOS





Por Gilnei Fróes

As palavras chaves e essenciais para devastação planetária são: poluição e degradação locais; falta de educação ambiental; irrestrita ausência de comprometimento da sociedade com a ética ambiental global.

Como vamos aliar políticas publicas & conscientização? Como as ONGs - sem recursos - vão angariar a participação ativa da sociedade? Para que a ciência e tecnologia são reféns das (in)decisões políticas? Como obter um engajamento e comprometimento da humanidade, enfim, somando esforços em prol da tentativa de salvação do Planeta Terra?

Com ecossistemas doentes; com seres e habitat agonizando; populações em total sofrimento (...por falta de água e alimentos) por doenças de fácil prevenção; ...como buscar idéias & projetos para construção de dias melhores? Precisamos que toda esta (DES)Ordem Social desmorone para reconstrução ambiental planetária?

Com milhares de aspectos destrutivos, todos os mecanismos de equilíbrio do Planeta Terra, permanecem alterados. Indefesa, a Terra não tem forcas para reação e parece não conseguir resistir aos incansáveis saques e incontáveis ataques dos seres humanos. São florestas, rios, oceanos e seus seres que são assaltados diuturnamente. Espoliação continua dos recursos naturais – fonte de vida - num processo de crucificação perene da Natureza.

Impera a total falta de comprometimento com a vida. O poder da Economia impondo uma apropriação dos recursos naturais da Ecologia apoderada e globalizada, aliados a visão cartesiana, reducionista e simplista impõe um processo irreversível e mais do que macabro de destruição de ecossistemas.

A humanidade – na busca do lucro - rendeu-se hoje pela caça desenfreada das fortunas pessoais contrariando as riquezas coletivas. Inexiste preocupação com o amanhã. Vive-se como se não existisse a dúvida, a incerteza ou o fardo e pesadelo do amanha. A sociedade – egoisticamente - busca enriquecer, acumular lucros, expandir divisas, ter fundos e ações, querendo sempre mais! ... numa espoliação dos recursos naturais

Por maquinações de governos maquiavélicos acentuam e fabricam as desigualdades sociais. A concentração de riqueza na mão de poucos (... afora espertezas!) determinam a falência e exploração de toda sociedade.

Mas estamos na era do tempo não tempo. Tempos de desordem ambiental e social; caos de energia ameaçando a humanidade; o câncer no esôfago, no pulmão, na pele pelo errado estilo de vida; catarata em índices elevados e assustadores! Danos na camada de ozônio explicam as leis de causa e efeito na vida de toda sociedade. Tempos de esfriamento e superaquecimento global: efeito estufa.

Milenares vulcões que acordam – em erupção - no meio da noite, dizimando populações. Chuvas, enchentes e desmoronamento nas metrópoles. Tufões & furacões imprevisíveis. Tsunamis, em paraísos ecológicos, devastam tudo em instantes. Ilhas e países que vão sumir nos oceanos. Ilhas que vão surgir no mapa da devastação.

Assim, ficaremos inertes, paralisados e, - alienados – sem obrigação de escolhas? Mas essa falta de opção – nesta criminosa omissão – não é uma postura anti-natureza? Ficaremos inertes – paralisados – perante a degradação ambiental, numa cômoda demonstração da falta de escolha pela preservação?

Então, nos dias atuais, - com informações em todos os meios de comunicação - a omissão da sociedade é uma postura inaceitável? Quando a sociedade alcançará um estágio de lógica conscientização & comprometimento com a preservação global? O Haiti não é um exemplo a ser considerado? Uma amostra de caos ambiental?

Precisamos atingir índices intoleráveis, situações incontornáveis, riscos de colapsos e crises, obter resultados funestos para a imposição de normas ambientais de impactos econômicos às empresas poluidoras? ... e admitir erros coletivos por eleição de políticos despreparados?

Guerras por petróleo ou por ideologias. Guerras por espaço, água e alimentos serão ferramentas das desavenças eco sociais? A explosão populacional - aliado à ganância e ignorância e inoperância da gestão pública -, está desfiando a teia da vida planetária?

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

SOS... inteliciencia





Por Gilnei Fróes


A ”inteliciencia” é uma palavra de nossa criação, fruto da conjugação da inteligência. Uma vez na vida a usei pedindo o poder da “persistência (... e correta!) para jamais desistir,... apesar da vontade de chutar o balde! ... e ficar de boca calada e mente desligada! Bilhões de seres são assim! Roboticamente concordinos - sem opinião - vivendo por viver.

Desde a “gênese” há uma arqui-engenharia invisível de projeto planetário que o “bicho-homem” não entende... e tampouco atende! Os mecanismos naturais mais perfeitos funcionavam bem, até que o “homem-bicho” foi lapidando ferramentas para a sobrevivência e descoberta do “Poder”.

A ”Terra” é uma base planetária isolada num canto do universo. Somos visitados por povos de outras galáxias... sim! E agora há riscos desastrosos que a perspectiva cósmica comprometa os ciclos da existência de toda biodiversidade, por ecocídio de toda Natureza.

A continuidade da existência planetária e de seus seres é uma alquimia duvidosa. O "poder da ignorância" é gemelar da "ignorância do poder". E assim, travestidos de orientadores e governantes, o império ecológico do desgoverno da natureza... dominará o “status” do maior império econômico dos governos anti-natureza. Não há alternativas! Nem tratados, acordos ou declarações internacionais, mudarão a realidade eco-escravagista do Planeta Terra, sujeito às correntes (... ou grilhões!) da Economia.

Não atender as “necessidades do universo” simplesmente corresponde na criação de um “universo de necessidades” pelo rompimento do equilíbrio – irreparável – da Mãe-Natureza. A “matéria-prima do poder” político jamais transformará o ecológico “poder da matéria-prima” da Natureza... sem efeitos funestos!

Quando falo sobre um “manual de sobrevivência”, lembrando que a civilização voltará à “sobrevivência manual”, lembro que a palavra sobrevivência já esconde todos os processos, sistemas, mecanismos, objetos, princípios, utensílios, instrumentos da conquista humana, para defesa, preservação, manutenção e continuidade da vida terrestre.

Toda base de sustentação planetária – que nos mantém, sustenta e vivifica-nos – provém da base primordial do mundo vegetal. Não precisamos ser vegetarianos para entender que sem pasto, ração, (feno/ silo) não há filé “mignon”. Sem algas, plânctons e oceano limpo, não há crustáceos, moluscos, peixes que são alimentos de primeira linha... na cadeia alimentar.

Por isso, a falta de plantas e de uso da “inteliciência” – base da sustentação planetária – que movimentam os seres viventes precisa do mundo vegetal ativo, vivo, intacto. As plantas são indicativos valiosos da matéria-prima do desenvolvimento humano. Porém, também poderá ser o fim da raça humana. Pensem!

No caminho do viajante cósmico, a palavra “evolução” sugere organização e reflexão, coisas distantes do cotidiano das pessoas... infelizmente!

Imagine bilhões de seres humanos viajantes cósmicos – perdidos - sem suprimentos nem energia, sem medicamentos nem doutores, sem conhecimento nem cientistas, - literalmente perdidos – trafegando na contramão da estrada cósmica, sem alertas, sem saber sinais vitais, sem referencias e experiências, sem avisos prévios, sem pistas para prosseguir? A idéia, de qualquer perdido não é a de voltar ao ponto de saída? Se re-encontrar? Mas sem suprimentos nem medicamentos, sem roupas especiais, sem água, sem prevenção de futuro, o que fará a manada humana?

Infelizmente a competição humana não permite mais a correção da rota planetária . O valor do conhecimento não e conhecimento de valor para a sociedade.

Então o mais correto não é voltar ao ponto de partida? A Era das Cavernas! E pra la que nos vamos!... rapidinho! Ha uma sirene tocando. Meu "NO BREAK" alerta que acabou a energia. Teremos mais algumas dezenas dias de  conforto, luz e segurança. E a ultima garrafa de água gelada, pois o gerador tem combustível para poucas horas..., será degustada como essencia divina.

Depois,... queimaremos nossa árvores...nossos livros... e seja o que Deus quiser!

Vale lembrar "Raul Seixas" que disse: "Faze o que queres, pois tudo e da Lei".

Sem defesa, no além transmito que a "natureza da vida" precisa da "vida da natureza". Tudo tem um resgate. E tudo tem o preço. A modernidade dos lixos, os avanços dos resíduos da tecnologia, a poluição com novas e velhas drogas nos esgotos, rios e oceanos, matam todas as possibilidades de vida futura.

Correção de rota





Por Gilnei Fróes


Vivo criticando os que falam de ciência, mas dela nada entendem! Há um mar de ignorância, que apenas jogam palavras aos quatro ventos, ampliando a confusão na busca de soluções para os desafios ambientais global. Em tudo que envolve os seres humanos,... há divergências! A divergência é a única certeza planetária. Guerras, fome, miséria, morte... são imagens dos Cavaleiros do Apocalipse.

Para os que vivem criando confusão sobre a “ciência do clima”, desconhecem os bastidores do “clima da ciência” que vive imersa na confusão de teorias, teses, pesquisas, estudos, ( além de falta de apoio e recur$$os) num espectro de divergência por intere$$es. Há cientistas de humilde raciocínio que contrariam arrogantes cientistas de instituições que se julgam soberanas nas decisões e argumentações. Bilhões de dólares se esvaíram por ralos de pseudo-pesquisas, que nada produziram de C&TI para a comunidade internacional.

Como que ainda discutem (... e não comprovaram nada!) se há influência do CO2 no clima? Por que as provas científicas são um mistério? Por que nada conseguiram? Assim, com o futuro do planeta Terra nas mãos de um bando de arrogantes de gravata borboleta, atrasa os destinos da sobrevivência humana e não dão respostas às perguntas inquietantes que sempre fazemos!

Como todos os vaidosos acadêmicos, não aceitam opiniões nem críticas dos ambientalistas, mais especialistas nascem para derrubar falsos argumentos de doutores e mil “Phdeuses” que insistem que o aumento da temperatura e degelos do planeta, além do frio excessivo, são cíclicos... e pronto! Ainda alegam que a industrialização com a massiva expulsão de poeiras, pós, radiações, fuligens, poluindo a biosfera não interfere no clima planetário. Ora bolas! Sem floresta, sem chuvas, sem o vapor d’água, - expostos ao sol ardente – teremos chances de sobreviver?

Se insistirem que teses absurdas e anti-cientificas me transformam em eco terrorista, creiam agorinha mesmo... estou me transformando num!

Toda literatura eco apocalíptica nos foi socada pelos ouvidos e goela abaixo nas escolas, onde a história da tradição judaico-cristão-islâmico, impôs crenças como a ressurreição dos mortos, o dia do Juízo Final, o palco do céu, e o calor do inferno e outros descaminhos menos explícitos.

Mas ninguém falava que o tal homem civilizado era o próprio demônio selvagem que destruía – todos os santos dias – todos os ecossistemas do planeta Terra. Rios, oceanos, florestas!

Se fossemos ancestrais dos macacos, certamente não agiríamos assim, pois os macacos adoram florestas! Sabem que dependem delas! Só a raça humana não aprendeu esta lição! Todavia, o fatalismo da “Apocalipse” nos impõe uma bélica destruição... que não precisaria acontecer! Guerras por Água!

Onde está a tal inteligência superior da criatura humana? Na criação do submarino? Do avião? Do telegrafo, fax e internet? Mas porque a sociedade humana não funciona com perfeição, como a vida coletiva das abelhas?

Será que o CO2 será o culpado? As radiações cósmicas e solares? E as radiações dos Raios “Múons” que chegam às nuvens e alteram o clima e o tempo, ficarão engavetadas e esquecidas? Onde fica a falta de Educação e conscientização ambiental?

Será que os extraterrestres vão nos resgatar?... em meio à tanta pobreza de espírito científico? Para que vão querer a companhia de um ser tão destrutivo? Além de ser desunido ... e burro!

Sinceramente! Quando esfriar tome um conhaque! E pense que quase rima com Copenhagen! Como médico veterinário - após ver estes espécimes do apocalipse -aposto que a raça humana perde todas as corridas pela sobrevivência pela falta de jóqueis com conhecimento de ciência... no Poder.

domingo, 10 de janeiro de 2010




Embora seja imensamente conhecida na rede, sempre vale a pena reler as palavras do  cacique Seattle, da tribo Suquamish, do Estado de Washington, através de carta enviada ao presidente dos EUA Francis Pierce, em 1855.

A carta:

"Como podeis comprar ou vender o céu, a tepidez do chão? A idéia não tem sentido para nós.

Se não possuímos o frescor do ar ou o brilho da água, como podeis querer comprá-los? Qualquer parte desta terra é sagrada para meu povo. Qualquer folha de pinheiro, qualquer praia, a neblina dos bosques sombrios, o brilhante e zumbidor inseto, tudo é sagrado na memória e na experiência de meu povo. A seiva que percorre o interior das árvores leva em si as memórias do homem vermelho.

Os mortos do homem branco esquecem a terra de seu nascimento, quando vão pervagar entre as estrelas. Nossos mortos jamais esquecem esta terra maravilhosa, pois ela é a mãe do homem vermelho. Somos parte da terra e ela é parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs, os gamos, os cavalos a majestosa águia, todos nossos irmãos. Os picos rochosos, a fragrância dos bosques, a energia vital do pônei e do homem, tudo pertence a uma só família.

Assim, quando o grande chefe em Washington manda dizer que deseja comprar nossas terras, ele está pedindo muito de nós. O grande Chefe manda dizer que nos reservará um sítio onde possamos viver confortavelmente por nós mesmos. Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos. Se é assim, vamos considerar a sua proposta sobre a compra de nossa terra. Mas tal compra não será fácil, já que esta terra é sagrada para nós.

A límpida água que percorre os regatos e rios não é apenas água, mas o sangue de nossos ancestrais. Se vos vendermos a terra, tereis de lembrar a nossos filhos que ela é sagrada, e que qualquer reflexo espectral sobre a superfície dos lagos evoca eventos e fases da vida do meu povo. O marulhar das águas é a voz dos nossos ancestrais.

Os rios são nossos irmãos, eles nos saciam a sede. Levam as nossas canoas e alimentam nossas crianças. Se vendermos nossa terra a vós, deveis vos lembrar e ensinar a nossas crianças que os rios são nossos irmãos, vossos irmãos também, e deveis a partir de então dispensar aos rios a mesma espécie de afeição que dispensais a um irmão.

Nós mesmos sabemos que o homem branco não entende nosso modo de ser. Para ele um pedaço de terra não se distingue de outro qualquer, pois é um estranho que vem de noite e rouba da terra tudo de que precisa. A terra não é sua irmã, mas sua inimiga, depois que a submete a si, que a conquista, ele vai embora, à procura de outro lugar. Deixa atrás de si a sepultura de seus pais e não se importa. A cova de seus pais é a herança de seus filhos, ele os esquece. Trata a sua mãe, a terra, e seus irmãos, o céu como coisas a serrem comprados ou roubados, como se fossem peles de carneiro ou brilhantes contas sem valor. Seu apetite vai exaurir a terra, deixando atrás de si só desertos. Isso eu não compreendo. Nosso modo de ser é completamente diferente do vosso. A visão de vossas cidades faz doer aos olhos do homem vermelho.

Talvez seja porque o homem vermelho é um selvagem e como tal, nada possa compreender.

Nas cidades do homem branco não há um só lugar onde haja silêncio, paz. Um só lugar onde ouvir o farfalhar das folhas na primavera, o zunir das asas de um inseto. Talvez seja porque sou um selvagem e não possa compreender.

O barulho serve apenas para insultar os ouvidos. E que vida é essa onde o homem não pode ouvir o pio solitário da coruja ou o coaxar das rãs à margem dos charcos à noite? O índio prefere o suave sussurrar do vento esfrolando a superfície das águas do lago, ou a fragrância da brisa, purificada pela chuva do meio-dia ou aromatizada pelo perfume dos pinhos.

O ar é precioso para o homem vermelho, pois dele todos se alimentam. Os animais, as árvores, o homem, todos respiram o mesmo ar. O homem branco parece não se importar com o ar que respira. Como um cadáver em decomposição, ele é insensível ao mau cheiro. Mas se vos vendermos nossa terra, deveis vos lembrar que o ar é precioso para nós, que o ar insufla seu espírito em todas as coisas que dele vivem. O ar que vossos avós inspiraram ao primeiro vagido foi o mesmo que lhes recebeu o último suspiro.

Se vendermos nossa terra a vós, deveis conservá-la à parte, como sagrada, como um lugar onde mesmo um homem branco possa ir sorver a brisa aromatizada pelas flores dos bosques.

Assim consideraremos vossa proposta de comprar nossa terra. Se nos decidirmos a aceitá-la, farei uma condição: O homem branco terá que tratar os animais desta terra como se fossem seus irmãos.

Sou um selvagem e não compreendo de outro modo. Tenho visto milhares de búfalos a apodrecerem nas pradarias, deixados pelo homem branco que neles atira de um trem em movimento.

Sou um selvagem e não compreendo como o fumegante cavalo de ferro possa ser mais importante que o búfalo, que nós caçamos apenas para nos mantermos vivos.

Que será dos homens sem os animais? Se todos os animais desaparecem, o homem morreria de solidão espiritual. Porque tudo isso pode cada vez mais afetar os homens. Tudo está encaminhado.

Deveis ensinar a vossos filhos que o chão onde pisam simboliza a as cinzas de nossos ancestrais. Para que eles respeitem a terra, ensinai a eles que ela é rica pela vida dos seres de todas as espécies. Ensinai a eles o que ensinamos aos nossos: Que a terra é a nossa mãe. Quando o homem cospe sobre a terra, está cuspindo sobre si mesmo. De uma coisa nós temos certeza: A terra não pertence ao homem branco; O homem branco é que pertence à terra. Disso nós temos certeza. Todas as coisas estão relacionadas como o sangue que une uma família. Tudo está associado. O que fere a terra fere também aos filhos da terra.

O homem não tece a teia da vida: É antes um dos seus fios. O que quer que faça a essa teia, faz a si próprio.

Mesmo o homem branco, a quem Deus acompanha e com quem conversa como um amigo, não pode fugir a esse destino comum. Talvez, apesar de tudo, sejamos todos irmãos.

Nós o veremos. De uma coisa sabemos, é que talvez o homem branco venha a descobrir um dia: Nosso Deus é o mesmo deus.

Podeis pensar hoje que somente vós o possuis, como desejais possuir a terra, mas não podeis. Ele é o Deus do homem e sua compaixão é igual tanto para o homem branco, quanto para o homem vermelho.

Esta terra é querida dele, e ofender a terra é insultar o seu criador. Os brancos também passarão talvez mais cedo do que todas as outras tribos. Contaminai a vossa cama, e vos sufocareis numa noite no meio de vossos próprios excrementos.

Mas no nosso parecer, brilhareis alto, iluminado pela força do Deus que vos trouxe a esta terra e por algum favor especial vos outorgou domínio sobre ela e sobre o homem vermelho. Este destino é um mistério para nós, pois não compreendemos como será no dia em que o último búfalo for dizimado, os cavalos selvagens domesticados, os secretos recantos das florestas invadidos pelo odor do suor de muitos homens e a visão das brilhantes colinas bloqueada por fios falantes.

Onde está o matagal? Desapareceu. Onde está a águia? Desapareceu. O fim do viver e o início do sobreviver."

Extraído de: http://www.culturabrasil.pro.br/cartaindio.htm

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Baleeiros japoneses destroem navio do Sea Shepherd



Sempre com alegações de que as atividades dos baleeiros são voltadas exclusivamente à pesquisa científica, os Japoneses continuam violando os tratados internacionais, caçando baleias com finalidade meramente comercial - a venda de sua carne e uma série de produtos derivados.

A única voz ativa que se mantém firme na cruzada contra os baleeiros, a organização Sea Shepherd, sofreu uma severa baixa em sua capacidade de mobilização. Como mostra o vídeo acima, o navio SHONAN Maru 2 atacou deliberadamente a embarcação da ong do Comandante Paul Watson, ao manter-se em rota de colisão. Apesar da gravidade do acidente, não houve mortes.

Em nota, por meio do Coordenador Regional em São Paulo, a Sea Shepherd chamou atenção para a necessidade de intervenção da ONU, bem como do governo da Austrália, em cujo mar territorial se deu a ocorrência.

Fonte:  www.ddapelotas.blogspot.com

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Ursos polares ameaçados de extinção





O governo dos E.U.A. alistou o Urso Polar como ameaçado, dizendo que a mudança do clima esta destruindo o habitat vital do Urso Polar, colocando as espcies em risco de extinção. Isso coloca aumento da pressão no governo canadense a reconheçer e agir no impacto de aceleração da mudança de clima nas comunidades do Artico e especies, incluindo Ursos Polares.

Por que isso é importante?

Alistando o Urso Polar como ameaçado entende claramente o fato infortuno que o impacto da mudança de clima já esta ameaçando animais e habitats, e ilustra a urgencia de preparar para adaptar para uma rapida mudança de clima.

Futuramente, a designação de especies ameaçadas comete o governo dos E.U.A. provedir proteção adicional legal para os ursos, incluindo a conservação do habitat critico e o desenvolvimento de um governo com plano de suporte de recuperção.

No entanto, a vitoria de ontem vai ser ôco ao menos que coloque ação pelos dois Canada e E.U.A. limitarem emissões de gases estufa, no qual estão derretendo o mar artico no qual Ursos Polares encostam.

O que isso significa para o Canada?

A decisão dos E.U.A. mostra que o Canada esta sendo para tras na luta contra mudança climatica. Canada ainda esta operando um "negocio como sempre" aproximando. O governo federal esta acelerando o suporte de desenvolvimento das areias de alcatrão e esta puxando desenvolvimento de oleo e gas no Artico, toda a emissão de gas continua a subir.

Essa decisão feita pelos E.U.A. para alistar o Urso Polar como "ameaçado" reinforça a urgencia das três ações que o WWF-Canada tem chamado no ministro chefe Harper para levar:

- Por uma moratoria em novo desenvolvimento industrial em areas de alto valor para Ursos Polares. Em particular, para no dia 2 de junho alugel por areas com desenvolvimento de gas e oleo no Mar Beaufort, ao pelo menos ate ter plano proprio foi feito para proteger habitats sensitivos.

- Assegurar qualquer caça por Ursos Polares é totalmente sustentavel.

- Mais importante, rapidamente pare, e reversa o aumento na emissão de gas estufa do Canada, então nós estamos fazendo nossa parte a luta global contra a mudança climatica.

O que os Canadenses podem fazer?

O governo canadense tem uma chance de responde rapido ao reconheçimento de ontem das ameaças ao Urso Polar. Cinco enormes areas no Mar de Beaufort no Canada esta envenenado a ser alugado para desenvolvimento de companias de oleo e gas. Essas areas incluem habitat essencial para Ursos Polares, Belugas, e Baleias Cabeça-de-Arco. Compnias vão ter ate 2 de junho para leiloar os alugeis, no qual depois o governo vai recompensar direitos de desenvolvimento para a maior aposta.

Por favor pegue 20 minuos para ajudar a proteger esse habitat vital para Belugas, Baleias Cabeça-de-arco e Ursos Polares. Aqui o que você pode fazer, mas deve ser feito ate 28 de Maio:

1. Mande uma carta para seu parlamento. Você pode mandar isso diretamente, mas escrito a mão as letras são melhores e a carta se torna mais pessoal, mais atenção vai ser posta. Lembre-se de mandar uma copia para o Mnistro Principal Harper. nenhuma postagem é necessaria para escrever para o parlamento.

2. Chame seu membro do parlamento. Fale com o elenco ou deixe uma mensagem indicando o que você gostaria que o governo fizer para segurar o julgamento de alugeis de oleo e gas é critico para o habitat dos Ursos Polares dentro e em volta do Mar Beaufort ate planos de gerencia e conservação no lugar. Sempre requira um responsavel do seu parlamento.

3. Pegue ao pelo menos uma de seus vizinhos para escrever e chamar seu parlamento. Pergunte a eles se juntarem a você e o WWF-Canada nessa chamada para segurar do desenvolvimento de oleo no Mar Beaufort.

4. Mande uma cópia da sua carta para o editor do seu jornal local.

Para saber mais sobre Ursos Polares no Canada, visite o WWF polar bear tracker website

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

SOS... Ano Novo






 Por Gilnei Fróes

Faltam, minutos para 2010. E hoje não é ano novo judaico, nem tampouco o Ano Novo Chinês. O que podemos aprender... a cada ano que fermentamos nossas idéias e ideais?! A que tipo de filosofia e ano vou adotar e me orientar?

No Judaísmo temos a essência de “Rosh Hashaná”: reflexão é a tônica.

Já na convenção de “Ano Novo” cristão, (de mudança de cada século) tudo é celebrado com festas, brindes, bebidas, música, fogos de artifício numa comemoração sem envolver (... com profundidade!) o aspecto religioso, restrito à missas específicas.

Seja na Praia de Copacabana (RJ) em Time Square (NY) ou Jerusalém, os ritos são iguais. O Ano Novo Judaico (5770) é celebrado ( em Setembro) com jejum, canções religiosas e orações com e reflexão sobre o passado, para correção de seus erros perante Deus, e projeção de futuro, pedir pela saúde de familiares e amigos.

Já na China, o calendário é um documento sagrado. Seu conhecimento representa Poder. Faz parte de observações astronômicas, eclipses, tsunamis e as predições. Na sua aplicação prática, confirma a harmonia entre os céus e a corte imperial e o equilíbrio das pessoas com a Natureza.

Segundo mil lendas chinesas, “Buda” convidou todos os animais da criação para uma festa de Ano Novo, prometendo uma surpresa a cada um dos presentes. Todavia, apenas doze animais compareceram. Assim, foram presenteados com o nome de cada Ano Novo, de acordo com a ordem de chegada: o Rato; o Boi; o Tigre; o Gato (Coelho, na Tailândia ); o Dragão; a Cobra (ou Serpente); o Cavalo; a Cabra (ou Carneiro); o Macaco; o Galo; o Cão; o Porco (ou Javali). E a entrada de cada Ano Novo Chinês ocorre – em geral - no mês de fevereiro e tem uma profundidade filosófica, psicológica muito semelhante ao perfil do animal dominante.

O Calendário Maia é outra prova da importância cabalística de uma data.

Todavia, o “réveillon” cristão tem sido um grande porre! Uma grande bebedeira global por luzes artificiais, foguetes, de forma que, na hora do sol nascer estão todos apagados, de ressaca, bêbados, inconscientes, com dor de cabeça e cheios de dívidas... para o ano novo que chega! ...num consumismo crescente!

Reflexão! Esse ritmo acelerado da inconsciência se repete ao longo dos 12 meses, portanto a questão não é se mudamos ou não de calendário. Que importância tem a mudança de calendário? A razão da necessidade de mudar o calendário é a ativação consciente do corpo de luz planetário, a ascensão do Planeta Terra.

Como a (in)civilização humana continua a destruir a relação de equilíbrio, (criativa, harmônica e inteligente) com o Planeta Terra e entre seus seres, no que se refere à utilização dos recursos (naturais, tecnológicos, econômicos e energéticos), o eminente caos eco-apocalíptico está numa contagem regressiva.

De nada adianta se falar em salto quântico e suas conseqüências no modo de vida da consciência cósmica. Essa consciência é resultante dos ciclos evolutivos descritos no tempo. E os Maias ( foram os únicos!) preconizaram o tempo não tempo! Por isso, o tempo enquanto freqüência organiza as geometrias do espaço e a atividade auto-reflexiva da mente.

Hoje, - nós – meros personagens ou atores no centro do tempo, concentrados no “aqui e agora”, atentos ao que criamos, escrevemos, pensamos!... achamos que vivemos! Mas não sabemos conviver em sociedade e muito menos em família. Ainda precisamos descobrir e recriar o mecanismo que estabelece contato com essa onda de energia que atravessa as dimensões, proveniente do núcleo da Criação Cósmica.

A meditação é um meio. Os mantras e oração são caminhos! A reflexão, a certeza! As atitudes são a "via-crucis".

Os “Maias” ensinaram a maneira de saber seu funcionamento! É preciso aprender a calcular e acessar nosso estado “kin”. E, para isso, é preciso entrar no "ritmo 13:20", onde os Maias ensinaram a simplificar nossas vidas. Adotar a filosofia do desapego (...sem cartões de crédito, ou às crenças fanáticas e às tradições), numa visão holística de eterna mudança. Mas,... o que será que os outros vão dizer?

Busque e experimente essa dádiva. Temos um Ano Novo pela frente! Será para estudar, pesquisar e acessar o conhecimento cósmico.

Ano Novo; novas mudanças. Novo Calendário; novo número, nova Cabala: 2010

Ademais, o próprio “I Ching” recomenda que “... a persistência correta traz recompensas”. Mas se não for para esta vida, o Ano Novo nos prepara o espírito para a Nova Vida... que no calendário do universo... representa minutos e, que a cada ciclo de 365 dias, reprisam desafios meio ambientais para todos os povos à cada Ano Novo... infelizmente!

O "poder da ignorancia", convicto aliado da "ignorância do Poder", desconhece como soberana alquimia da vida - gradativamente - se defaz! ... ano à ano. E assim... prosseguimos navegando no infinito Cosmos, rumo à superpopulação, fome, degradação ambiental, epidemias, poluição, falta d'água e mais guerras. Mesmo assim, Feliz Ano Novo!