sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Alertas

Eis nosso “alerta SOS” versus “alerta vermelho” dos estrangeiros. Volto questionar: Como preservar todas milhares de espécies ameaçadas? Há décadas, em alertas educativos, fui rotulado de alarmista. Agora, que faço necro-alertas negros, (em ecotrevas dominantes) sou considerado, profeta da ecoapocalipse. Está consolidado o processo de extinção. A extinção tem a mesma idade do homem na Terra. Porém, é óbvio que os cientistas ( alguns bem pagos!) calculam o que interessa divulgar, não é mesmo?

O mundo perde hoje cerca de mil a 10 mil vezes mais espécies que a taxa de extinção do passado. Um erro de 9 mil vezes, poderá ser uma certeza matemática? E pior! As lindas borboletas da nossa infância sumiram dos jardins e das nossas primaveras. Os besouros são raridades. O canto das cigarrras, não faz parte da sonfonia da natureza. E o urso polar, sem geleiras, nem rios e nem peixes, já está classificado pelo governo dos EUA como um animal ameaçado de extinção. Isso será normal? Cadê as ONGs?


Primeiro some o habitat. Depois os bichos. A seguir a humanidade. Obvio! A aceleração do ritmo de derretimento do gelo do Ártico, em função do aquecimento global (que anunciei há 22 anos) em entrevista passou como um desabafo. Tudo acontece em igual ritmo em que descongelamos nossos “freezers” na cozinha de casa. Mas a vida é isso! Essa banalidade! Aceita-se que inexistirá “habitat” em poucas décadas e pronto! Os cientístas resolverão, dizem! Indago: onde? Quando? Como? E com que recursos?

Especialistas internacionais calculam que mais de 15 mil espécies estão na lista de extinção. E a extinção, sempre digo, é para sempre! Já é difícil se dizer quantas espécies foram extintas no último século. Mas o registro de declínio de populações, (seja de animais e/ou plantas), neste século passado, não têm um “mapa da devastação” como tal entrevista dos anos 80.

Assim como o conceito técnico de extinção (ou da relatividade do tempo!) não são muito claros para as populações e governos, o tema passa em branco. Em suma: uma espécie só é considerada extinta depois de exaustiva$$$s pesquisas em um vasto e ilimitado número de “habitat” pesquisados e nenhum indivíduo for encontrado.

Mas o que é “uma espécie em extinção” para fazer frente a um jogo da Copa dos Campeões? Ou da nossa torcida na Taça Libertadores da América? Ou ao milésimo encantado gol de Romário? Mas, o que vale projetos de cientista ambientais, se falta apoio, recursos e consciencia do poder?

Para pesquisar apenas “uma (1) espécie extinta”, isto pode consumir décadas de pesquisas, além de milhares de pesquisadores e bilhões de dólares. E isso, só para se obter o “atestado de óbito” da espécie. Ora, pode passar um século para uma espécie ser considerada extinta, pois mesmo sendo raramente vista, um casal bichinhos apaixonados podem sobreviver, numa verde esperança perdida. Seja numa ilha remota ou mata longíncua. O “homo sapiens” terá igual destino? Bem! O que voce acha? Enquanto isso, a extinção continua...

Por isso, mesmo que os cientistas suspeitem fortemente que um animal foi extinto, não podem expressar um “laudo” até um tempo ter passado desde a última observação. E isso pode significar e demandar meio século ou mais de pesquisas... para declarar a espécie extinta.

Conservacionistas calculam que desde 1500 houve mais de 800 registros de extinção, porém não há um único e verdadeiro documento com número oficial. É veraz que, os números são certamente muito maior, visto os graus de devastação planetária de todos ecossistemas em todos países... são permanentes!

Há cálculos! Dizem – vagamente - que um em cada quatro mamíferos; e um a cada oito passaros estão em fase de extinção. Metade de todas as tartarugas marinhas e de água doce estão em extinção. Os anfíbios, por andarem em terra e água, padecem de maiores indices de riscos, sendo duplamente vítimas. Assim, temos uma (1) a cada três (3) espécies em sério risco de extinção e mais de 120 espécies consagradas como extintas, só nestes últimos 30 anos.

Em 2002, no último inventário de animais brasileiros ameaçados de extinção, o censo da morte contabilizou 627 espécies extintas. Em 1989, na lista de doze (12) anos antes, os dados eram tres (3) vezes menor. Hoje, será que o número triplicou? Quintuplicou? Ou centuplicou? Quem sabe responder?

E detalhe: apesar da ignorância, da ganância e da inoperância, o Brasil ainda está abaixo de padrões internacionais de extinção. Considera-se legalmente tolerável que até 12% da fauna estejam ameaçados. Você acredita que no Brasil, esse número seja apenas (9%) nove por cento? Para este “estudo” (entre “aspas” ) de comparação, são analisados apenas mamíferos e aves. Ora, e os outros bichinhos e plantinhas, indicadores de vida? De sustentação dos ciclos da cadeia alimentar? Porque não os contam? Por acaso não são espécies? Elos da cadeia alimentar dos demais?

Porém, o que perguntei em matéria jornalistica, ainda está sem resposta! É uma simples pergunta. Quem têm o “mapa da devastação”? Quantas espécies desapareceram mesmo? Ou quem ainda está vivo? Quem têm um catálogo e um manual original de Deus, (na sua criatividade infinita de animais, vegetais, minerais), com os modelos, formas e “designs” e funções de tudo na Mãe-Natureza? Cadê as minhocas?

Como Gestor Ambiental, preciso ter um “manual” do funcionamento (com normas, leis, etc) o mais perfeito possivel e menos lesivo meio ambiente. Do contrário, como análisar os “impactos ambientais”? Como emitir pareceres? Ou laudos técnicos? Baseado em que?

Até hoje, cerca de 1,5 milhão de animais e plantas já foram identificados: ganharam um nome de batismo. Porém, os numeros reais ultrapassam a 15 milhões. Outras estimativas científicas, afirmam ser maiores do que 30 milhões, Porque destruir o que nem conhecemos nem catalogamos? Quem tem um catálogo global das espécies?

A última passagem de extinção - pelo qual passou o Planeta Terra - foi há 65 milhões de anos. Sumiram com os poderosos dinossauros. Teorias: asteróide, erupções vulcânicas, mudanças climáticas, etc. Mas desaparecerem! Há arqueólogos perdidos juntando ossos espalhados por todos recantos do planeta.

Mas outra extinção maior do que todas, ocorreu cerca de 250 milhões de anos. Na época, 90% da vida marinha e 70% das espécies terrestres sumiram. E a hipótese diz que alguma coisa aconteceu na biosfera terrestre, exterminando todo o “oxigênio”. Mas como e porque o “oxigenio” desapareceu? Seriam gases tóxicos de vulcões em erupção?

A principal razão de preocupações com o ritmo da extinções é de que, nem toda a tecnologia atual, garante vida a humanidade. Dependemos de uma alquimia sutil: barata e impagável e desprezada pelos poderosos. O “balanço ecológico” da Natureza, é inverso à natureza dos balanços econômicos.

Como sobreviver sem ar limpo, água potável pura, alimentos saudáveis e novos medicamentos. Estamos num processo de mudanças! Mudança climáticas que exigem mudanças de atitudes. Já causamos mil ferimentos na vida planetária. As crises e colapso do sistema de suporte a vida natural estão na cara e casa de todos. A biodiversidade do Planeta Terra é esta coleção integrada de vidas!

Mas o pior: não sabem que, a vida no Planeta Terra demorou milhões de anos para se recuperar daquelas – dinossauricas - extinções coletivas. Que pode ser extinta em dias por absurda III Guerra Nuclear? Eis as últimas razões para ficarmos espertos; atentos! Ela é de natureza consumista e ecofilosófica. Se os seres humanos que conservam , partituras, livros em bibliotécas, trabalhos de arte em museus e coleções de selos e moedas, por que não conservar o germoplasma da natureza ? Será que a extinção das borboletas e florestas é menos importante que um velho quadro de Rembrandt ou um Picasso rasgados? Ou roubados de um Museu?

Como rever conceitos, valores e governos despreparados? Quando a sociedade acordará meu Deus !? Ou quando Deus acordará a sociedade?

Dr. Gilnei Fróes – Coordenação do projeto “SOS” Planeta Terra – www.ibfecoglobal.org











quarta-feira, 20 de outubro de 2010

SOS Planeta Terra



Como alertar a sociedade para o caráter de antevisão futurista do Gestor Ambiental? Em idéias simples estão soluções de complexos problemas ambientais. Por isso, o Gestor Ambiental trabalha na busca do desenvolvimento de tecnologias e soluções ambientais. Lidando com a criatividade de idéias, projetos de “C&TI”, - sonhos e pesadelos – aliando o planejamento dos recursos humanos aos interesses econômicos.

Posso assegurar que, juntamente com os “biotecnólogos” – serão as profissões mais valorizadas do Planeta Terra, pois tecnologias alternativas ambientais ou vacinas contra pandemias, bem como pesquisas e patentes, são exercícios do cotidiano destes profissionais: salvar vidas!

A vida da natureza e a natureza da vida dependem de suas equipes multidisciplinares.

Onde há fumaças, poeiras, degradações, poluição, materiais contaminantes, resíduos, controle de processos industriais, impactos ambientais, mineração, florestas, desertos e até a criação de novos produtos ecologicamente corretos, (sistemas, mecanismos, etc.). Novos produtos envolvendo marcas e patentes, em avançados “Science Parks”, exigem com certeza há um profissional responsável e tecnicamente com a competência necessária do Gestor Ambiental.

Como legitimo interprete da natureza e tradutor dos empresários, no meio de mil situações – como valioso intermediário – diminuindo custos de produção ou mesmo aumentando lucros, resolvendo desafios o Gestor Ambiental é imprescindível às políticas públicas e, principalmente, privadas. Do contrário, multas, competição com concorrentes, perda de mercados são decorrentes de empreendimentos onde falta responsabilidade ambiental.

Como especialista no tema, considero que há um secular atraso (generalizado) de nossa sociedade que só espera soluções – governamentais - prontas. Seja em leis, cartilhas ambientais, sempre há uma finalidade econômica na ecologia. Assim, de nada adianta ser eleito para cargos políticos, se faltar o “conhecimento” de todas as competências necessárias extensivas ao “staff” de excelência. E isso tem custos!

Antes empresas queriam o máximo, pagando o mínimo. Hoje, precisam & querem o mínimo, pagando o máximo. Racionalizar é a palavra chave. Eco eficiência é diminuição de custos. E a improvisação está com os dias contados...

Por isso, em meio a revolução do “marketing & merchandising” verde, devem acontecer mil mudanças na visão ecológica dos Governos, universidades e empresas que são ferramentas do eco desenvolvimento.

Hoje não subo mais em árvores, como fiz em criança, para impedir suas derrubadas. Há mil mecanismos para esse controle; um imenso teatro de operações (normas, leis, policia ambiental, etc. fiscais) que continuam meros atores de um desempenho virtual.

A realidade é que tudo continua sem funcionar e sem resposta. Por que a rica biodiversidade da Floresta Amazônica será transformada em Deserto Amazônico? Por que o “Pantanal” se torna um depósito de lixos? E a neve dos Andes sumirá das paisagens, como cubos de gelo num copo de uísque?

Certamente, tudo isto me afasta do cenário brasileiro. Os melhores executivos são os que – de malas e cérebros cheios de projetos – migram para outros países onde são muito bem recebidos.

Tanto os investidores e governos estrangeiros – pela integridade e respeito às idéias certas – entendem que nossa criatividade (arquitetura de Oscar Niemeyer; música de Tom Jobim; poesia de Vinicius de Moraes; ou inventos de Santos Dumont) acontece com a genialidade simples que pregamos em prol de um planeta Terra humano & equilibrado.

Pablo Neruda dizia: “Escrever é fácil. Você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. No meio você coloca idéias.”

O mesmo vale para nossos projetos! Em desertos reais podem florescer florestas virtuais que darão frutos de poesia no verão seguinte... para colhê-los – espere pensando, escrevendo, vivendo - com toda a paciência!

Dr. Gilnei Fróes – Presidente do “Instituto Bering Fróes Eco Global” – www.ibfecoglobal.org